Nova Iorque (AE) Ainda não foi desta vez que Gustavo Kuerten ganhou duas partidas seguidas. Mas suas boas atuações no US Open de 2005 deixaram ao jogador a certeza de que pode voltar a um nível competitivo e possivelmente recolocar-se no grupo dos top ten na próxima temporada.
Para Guga, não se trata de um sonho apenas, mas sim de um caminho a ser seguido. A derrota de ontem, na segunda rodada do US Open, para o espanhol Tommy Robredo, por 5/7, 6/7 (7/3), 6/3 e 6/2 não tirou as expectativas do brasileiro.
"Acho que já mostrei nestes dois jogos (venceu Paul Goldstein na primeira rodada e perdeu para Robredo na segunda), que estou jogando como um tenista entre 30 ou 40, mas eu quero mais. Espero voltar a ficar entre os dez."
Na quadra, Guga deixou claro que suas palavras são verdadeiras. Enquanto seu físico agüentou e suas pernas se movimentaram com agilidade, o tenista brasileiro provou que é bem superior ao espanhol Tommy Robredo, número 20 do ranking.
Debaixo de um sol forte, com temperatura acima dos 30 graus centigrados, o tenista brasileiro sentiu a falta de ritmo e acusou o golpe de passar várias horas na quadra. Sentiu dores nas costas, chamou por atendimento médico, tentou de tudo, mas não desistiu.
Este sofrimento de Guga chamou atenção da imprensa internacional. Afinal, se o tenista está com tantas dificuldades, por que seguir jogando, depois de tudo o que já fez e ganhou. A reposta veio com a rapidez de um saque: "Eu tenho prazer em jogar tênis", definiu.
Ricardo Mello também foi eliminado ao perder por 3 a 0 (6/3, 6/2 e 6/0) para o tcheco Tomas Berdych.