• Carregando...
Pedro Rocha abriu a série vitoriosa do Coritiba nos pênaltis (foto acima). O goleiro Manga se tornou o herói da partida, pois sofreu apenas um gol na disputa decisiva contra o rival Atlético | Reprodução/Gazeta do Povo
Pedro Rocha abriu a série vitoriosa do Coritiba nos pênaltis (foto acima). O goleiro Manga se tornou o herói da partida, pois sofreu apenas um gol na disputa decisiva contra o rival Atlético| Foto: Reprodução/Gazeta do Povo

Até hoje tem atleticano que não pode ouvir falar do nome do técnico Diede Lameiro. E existe coxa-branca que não cansa de cantar em prosa e verso a malandragem do goleiro Manga. Os sentimentos opostos – tão comum quando o assunto é o principal clássico do futebol paranaense – remetem a 1978.

Há exatos 30 anos, no dia 17 de dezembro, o Coritiba vencia o Atlético nos pênaltis por 4 a 1, no Couto Pereira, e recuperava a hegemonia no estado, perdida no ano anterior para o surpreendente Grêmio Maringá.

A final entrou para a história. No enredo, três partidas e três 0 a 0, com o Alto da Glória abarrotado de gente. Ao todo, 148.688 pessoas compraram ingresso para assistir à série decisiva. No primeiro jogo, o Rubro-Negro não conseguiu transformar a superioridade em gol. Na segunda partida, equilíbrio total. No último e derradeiro duelo, prevaleceu a frieza alviverde.

É neste ponto que Lameiro e Manga roubam a cena. Viram protagonistas. Para o bem e para o mal. O treinador do Furacão resolveu sacar dois dos principais destaques da equipe: Ziquita, o centroavante desengonçado que virou herói ao marcar quatro gols no empate por 4 a 4 com o Colorado na Baixada durante o campeonato (o Atlético perdia por 4 a 0), e Aladim, o habilidoso ponta-esquerda emprestado pelo rival. Poucos entenderam as substituições.

"Até hoje estou meio p... Ninguém me conta o que aconteceu de fato. Eu ali, louco para jogar, e no banco. Nos três jogos. Não entrei em nenhum", relembra Aladim, um dos cobradores oficiais de pênalti da equipe. "Sempre fui um exímio batedor", completa, resignado com a chance desperdiçada.

No Coritiba, brilhou a estrela de Manga. Machucado, o goleiro trocou a atadura de perna para ludibriar os adversários, levando--os a chutar no seu lado bom. Deu certo. Em cinco cobranças, foi vencido uma única vez. Manga terminou a competição sem levar gols por 840 minutos (9 jogos mais a prorrogação).

"O Atlético era mais forte, só que éramos muito equilibrados. Pesou a experiência do Manga e a tranqüilidade do nosso pessoal na hora dos pênaltis", recorda o ex-zagueiro Cláudio Marques, um dos principais ídolo da história coxa-branca. "Talvez eles tenham sentido a pressão, já que as cobranças foram do lado da nossa torcida", acrescenta ele, um dos artilheiros da tarde.

* * * * * *

Coritiba (4) 0 x 0 (1) Atlético

Em Curitiba

Coritiba

Manga; Norival, Duílio, Eduardo e Cláudio Marques; Almir, Borjão (Tovar) e Pedro Rocha; Luiz Freire, Liminha e Mug.

Técnico: Chiquinho.

Atlético

Tobias; Valdir, Gilberto, Eraldo e Dionísio; Gérson Andreotti, Carlos Roberto (Bira Lopes) e Rotta; Paulinho, Lula e Dreyer.

Técnico: Diede Lameiro.

Estádio: Couto Pereira. Data: 17 de dezembro de 1978. Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Bráulio Zanoto. Público: 55.164 pagantes (56.952 total). Renda: Cr$ 1 .827.040,00.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]