A torcida está dividida: há fãs da Fórmula 1 que adorariam ver a definição do título se estender à etapa final, dia 2 de novembro, em Inter-lagos, como brasileiros e italianos, torcedores de Felipe Massa e da Ferrari. Mas existe outro universo de seguidores, em especial os britânicos, que ficaria feliz se na corrida da madrugada de hoje para amanhã, às 5 horas (de Brasília), em Xangai, Lewis Hamilton, da McLaren, definisse a conquista do Mundial.
Com 5 pontos de vantagem para Massa, 84 a 79, e 12 para Robert Kubica, da BMW, matematicamente é possível.
Hamilton terá, contudo, de provar que aprendeu as lições da perda do título do ano passado, e que o erro na corrida do Japão, no último domingo, também serviu de alerta para comportar-se de forma diferente na China.
Flavio Briatore, diretor da Re-nault, comentou que Hamilton deveria estar no livro do recordes, o Guinness, já que em 2007 perdeu o campeonato apesar da vantagem de 17 pontos para Kimi Raikkonen, da Ferrari, na etapa de Xangai. "E agora está indo para o mesmo caminho", lembrou o italiano, chefe de Fernando Alonso, desafeto declarado de Hamilton.
Controlar-se emocionalmente é o primeiro desafio do britânico. Para ser campeão, ele precisa receber a bandeirada em primeiro lugar e torcer para que Felipe Massa não passe de quinto. Se Hamilton for o segundo colocado, Massa pode ser no máximo o sétimo. Se ficar em terceiro, Massa não pode pontuar; e, Robert Kubica, vencer. Qualquer outro resultado adia a decisão para o GP do Brasil, pelo quarto ano consecutivo.
Se for campeão, Hamilton entra para a história como o mais jovem vencedor da história da F1. O recorde é justamente de Fernando Alonso, que em 2005, temporada da primeira conquista, tinha 24 anos. Hamilton completou 23 anos no dia 7 de janeiro.
Depois de afirmar na quinta-feira que não irá mudar sua maneira de encarar o fim de semana de competição, Hamilton apareceu com outro discurso ontem: "Quero me redimir do ocorrido em Fuji", falou. Sua afobação na largada lhe causou a saída da pista na primeira curva. "Se alguma manobra de risco for desnecessária, vou evitá-la", garantiu. "Disponho de duas corridas para isso, é assim que estou encarando a prova."
Principal rival de Hamilton pelo título, Massa mostrou-se confiante. "Levaremos a decisão para o GP do Brasil", garantiu. Para isso, basta chegar até o quarto lugar, independentemente do desempenho do britânico.
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