Se Cuca for o novo treinador do Goiás, o clube tem de se preparar para ficar sem o seu goleiro titular. Há 11 anos no elenco, Harlei disse quinta-feira que se o técnico, demitido segunda-feira do Fluminense, chegar ao alviverde, ele sai.
"Não trabalho com ele. Ele vem e eu saio. Rescindo meu contrato. Só faltam oito meses mesmo", afirmou Harlei, que tem vínculo até o final do ano com o clube goiano e já disse que a tendência é a de que saia após o fim do contrato. Cuca foi um dos nomes ventilados para o cargo.
O presidente Syd de Oliveira Reis já havia dito que o treinador encontrava resistência entre alguns jogadores. O dirigente chegou a conversar com Harlei sobre a possível contratação de Cuca, já que busca um substituto para Jorginho, demitido domingo, para comandar o clube na sequência da temporada o alviverde estreia no Brasileiro dia 9 de maio, contra o Guarani.
"Falei com o presidente e o deixei muito à vontade. Disse que se ele quiser contratá-lo, tudo bem. O Cuca chega e eu vou pegar as propostas que eu tenho", completou Harlei.
O problema com o técnico ocorreu em 2003. Segundo Harlei, foi quando o goleiro foi suspenso preventivamente por suspeita de doping e depois julgado.
"Ele chegou aqui e precisou de mim. Joguei na Copa do Brasil com a mão quebrada. Botei minha cara. Depois, quando ainda ia haver o julgamento (por doping), ele trouxe outro goleiro (Gilmar, hoje técnico). Quando ele não foi bem, o Cuca tentou me escalar e optei por fazer a cirurgia na mão", explicou Harlei.
O goleiro diz que "não tem nenhum tipo de cumplicidade" entre ele e Cuca. Por conta da ausência de Harlei, era Rodrigo Calaça o goleiro quando o Goiás alcançou a maior sequência invicta no Brasileiro 16 jogos em 2003. Cuca até hoje elogia o camisa 12 do Goiás, que é reserva de Harlei. O nome do treinador ganhou força no alviverde por conta da campanha em 2003 (9º lugar), que levou o Goiás pela primeira vez à disputa da Copa Sul-Americana.
Além do problema com Harlei, uma ideia muito enraizada internamente no Goiás é a de que Cuca foi quem ajudou a levar para o São Paulo jogadores como Fabão, Danilo e Grafite, que se destacaram no alviverde e não renderam dinheiro em negociação. Para Harlei, o novo treinador tem de ter postura firme.
"Gosto muito do perfil de treinadores como o Celso (Roth). Não é pela afinidade, é pelo grande trabalho", comenta o goleiro, que tem nove títulos.
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