Camisa 9 do Atlético, Rafael Moura comemora o gol marcado contra o rival Coritiba no empate por 1 a 1 no Alto da Glória: além dos gols, jogador também se destaca pela postura vibrante.| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Atleticanas

Convocação

O Conselho Deliberativo do Atlético foi convocado para sessão extraordinária no próximo dia 6, às 18h30, na sala de imprensa da Arena. A reunião será para a eleição de novos membros.

Arbitragem

Djalma José Beltrami (Fifa-RJ) será o árbitro de Santos e Atlético, no sábado, às 18h20, na Vila Belmiro. Ele será auxiliado pelos cariocas Ediney Guerreiro Mascarenhas e Marco Aurélio dos Santos Pessanha.

Plantão médico

O volante Fernando, com dores no joelho esquerdo, e o lateral-direito Alberto, com uma lesão na coxa direita, seguirão ausentes da equipe no Brasileiro. Já o atacante Júlio César ficará afastado por cerca de um mês, tratando do problema no tendão-de-aquiles da perna direita. Por fim, o zagueiro Antônio Carlos, que sofreu uma luxação no ombro esquerdo no jogo com o Chivas, não deverá ser problema para enfrentar o Santos.

CARREGANDO :)

De príncipe Adam a He-Man em duas partidas. Após um início no Atlético em que lembrou mais a figura inofensiva do herdeiro do Rei Randor, o atacante Rafael Moura parece finalmente ter assumido o apelido do super-herói de desenho animado. Destaque no Atletiba e mesmo na derrota para o Chivas, a pergunta é se ele terá, como na fala do personagem, "a força" suficiente para livrar o Rubro-Negro do rebaixamento.

"Espero ter. Não a do personagem, mas a da minha família, dos amigos, dos companheiros e da torcida. E que seja a força do Atlético", afirma Rafael Moura, que tem contrato com o clube até julho de 2010. Tanta responsabilidade para um só jogador que não recai sobre o atacante por acaso. Mais do que os três gols que anotou nos dois últimos jogos, o mineiro de Belo Horizonte chamou a atenção pela postura.

Publicidade

Posição diferente que assumiu ainda dentro do gramado, na terça-feira à noite, ao travar uma discussão ríspida com o meia Ferreira, que, por pouco, não acabou em troca de sopapos. "Nosso ambiente é de cobrança. Todos me conhecem. O grupo é muito bom e isso é normal", diz o atleta de 25 anos.

Para o jogador, se não fosse assim o torcedor atleticano já poderia temer pelo pior. "Quando tem briga e disposição é uma coisa boa. Já quando todo mundo olha de lado, é porque o time está derrotado". E completa: "Tenho a personalidade forte e sempre vou dar a cara para bater. Acredito que posso ser um líder nessa nossa caminhada de recuperação."

No sábado, o Atlético tem parada dura diante do Santos, na Vila Belmiro. Rafael deixou o confronto com os mexicamos sentindo dores na coxa direita. Ontem, passou por exames e aguarda os resultados para saber se estará à disposição do técnico Geninho.

A vontade de estar em campo é grande, para não perder o embalo do bom momento pessoal. Impulso que ele enxerga como uma boa chance de retomar a ascensão na carreira.

Rafael Moura foi revelado pelo Atlético-MG, mas surgiu no cenário nacional no Paysandu, em 2005. Bom futebol que o levou ao Corinthians no ano seguinte. E foi no Parque São Jorge, enquanto enfrentava altos e baixos em uma fase conturbada do clube, que ele ganhou fama de He-Man, em virtude da semelhança física com o personagem de desenho – sucesso no programa da Xuxa, da Rede Globo, no início dos anos 90.

Publicidade

"A mídia inventou e pegou. Achei bacana, o desenho é bem da minha época. E é legal esse tipo de coisa em meio a tanta violência no esporte ", revela Rafael.

Desde então, ele adotou a comemoração em que repete o gesto do príncipe Adam de sacar a espada "pelos poderes de Grayskull" das costas e transformar-se na identidade secreta.

"Ainda vou repetir muito isso no Furacão, podem apostar."