• Carregando...

Em 2008, ele ajudou a tirar o Atlético da zona de rebaixamento com gols decisivos – foi o ícone de uma fuga desesperadora. Nesta temporada, começou com o pé direito: campeão e artilheiro do Paranaense. Rafael Moura, o "He-Man" da Baixada, espera agora ser o símbolo de um time eficiente e capaz de surpreender.

Você foi decisivo no último Brasileiro, quando o time estava mal. Agora, com outro clima e começando do zero, qual a tendência?

O momento é totalmente distinto. Não posso nem falar muito do que ocorreu no ano passado, só participei da "reta final" do campeonato. Mas era uma situação muito complicada que nós conseguimos superar naquele altura. Agora, creio que podemos brigar pelas primeiras posições. No jogo (em casa) contra o Corinthians, provamos nossa capacidade.

Qual a principal qualidade da equipe?

O ponto positivo do nosso time é o grupo em si. Temos uma união e um comprometimento muito grandes. Especialmente dentro de campo. Fora, você tem afinidade com alguns mais do que com outros. Porém, no campo, estamos sempre todos juntos.

Pela primeira vez você ficou com a artilharia de uma competição. É a melhor fase da sua carreira?

É uma das melhores fases. Estou muito feliz pelo título e por ter sido importante com gols (fez 14). Em 2006, no Corinthians, também tive um ótimo momento. Fui vice-artilheiro do time no Paulistão (8 gols), tivemos o melhor ataque e o artilheiro do campeonato foi o Nilmar. Agora quero brigar pelos prêmios para os artilheiros da temporada no Brasil. Estou a quatro gols do goleador do ano (até quarta-feira, Rafael havia anotado 17, Diego Tardelli,21).

Como vai ser dividir as atenções no ataque com jogadores como Ronaldo e Adriano? Você pensa em seleção?

Foi a dupla de ataque titular do Brasil na Copa de 2006. O Fred, que era um dos reservas, também está no campeonato. Então isso só valoriza a competição e aponta que teremos uma média de gols muito boa. Mas não são só eles. Tem o Kléber, o Kléber Pereira, Keirrison, Nilmar, Tardelli... Sobre seleção, é claro que todo mundo sonha em chegar lá. Eu espero manter essa boa fase que estou vivendo, fazendo gols e sendo decisivo para quem sabe ter uma chance.

Passado um tempo, já dá para dizer o que foi aquele lance contra o Fluminense (pôs a mão na bola dentro da área)?

Algo totalmente superado. Estávamos em um momento difícil no campeonato. Era contra o meu ex-clube, aí falaram que eu não era homem, que eu me vendi e tudo mais. Na verdade, deu um branco, um lance bobo mesmo. Eu queria tirar a bola para que ela não chegasse em quem estava atrás de mim, acabou me vindo a mão. Sentimos a pressão do rebaixamento naquele dia, mas depois foram gols e partidas maravilhosas em que pude ajudar.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]