
A seleção argentina está nas mãos de Deus. E em dois sentidos. Por um lado, no meio de intensa polêmica, um setor dos argentinos celebra em êxtase a designação do ex-jogador Diego Armando Maradona, conhecido como Dios (Deus), El Diez (O Dez) e El Pibe de Oro (o garoto de ouro) para ser o novo técnico da seleção argentina. Além disso, há a referência ao gol de mão que o astro marcou contra a Inglaterra na Copa de 1986, que ele sempre diz ter marcado "com a cabeça e as mãos de Deus".
Mas, por outro, amplos setores da sociedade e da crônica esportiva consideram que só um milagre divino pode salvar a seleção do país de uma eventual caótica administração do turbulento e imprevisível Maradona. A polêmica sobre a designação do substituto de Alfio Basile deslocou a crise financeira internacional da mídia argentina e das conversas nos cafés portenhos.
Maradona ocupou corações e mentes ao longo de toda a quarta-feira, e promete prolongar a polêmica por muito mais tempo. Depois de reunião na sede da Associação de Futebol de Argentina (AFA), o astro afirmou categoricamente: "Eu vou comandar a seleção. Eu vou escolher os jogadores"
O novo técnico indicou que já está planejando a composição da seleção. Ele também afirmou que entrará em contato com jogadores que estão no país nos próximos dias. Na semana que vem, depois de ser apresentado oficialmente o que acontecerá na terça-feira, dia 4 , partirá para a Europa para conversar com os jogadores argentinos que estão no Velho Continente.
Dizendo-se "tranqüilo", ele afirmou que a seleção argentina conta com um material incrível "para que o país sorria novamente ao ver a seleção jogar".
Maradona replicou as críticas disparadas contra sua falta de experiência como técnico e disse que contará com a companhia do ex-técnico da seleção de 1986, Carlos Bilardo. Diego também cutucou o técnico da seleção brasileira, o ex-volante Dunga. "Se minha equipe vai jogar como a dele? Não, não. O Dunga dava botinadas e eu fugia delas".
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