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Ele é um dos preferidos do técnico Muricy Ramalho, mas já tomou muita bronca do treinador. Hernanes, volante criado nas categorias de base do São Paulo, livrou a equipe de um empate vexatório contra o Náutico na noite desta quinta-feira, no Morumbi. O gol salvador no 1 a 0 foi marcado somente nos minutos finais do segundo tempo, mas garantiu o Tricolor na cola dos líderes do Brasileirão.

Com 52 pontos, o São Paulo segue motivado para o clássico com o Palmeiras, no dia 19, no Palestra Itália. De quebra, a equipe do Morumbi, agora quarta colocada e no grupo que classifica para a Libertadores 2009, ainda pressiona o Flamengo, com 49, que só joga no sábado, contra o Atlético-MG, no Maracanã. O resultado também deixa os paulistas com a marca de nove jogos sem perder na competição, além da 11ª vitória em casa.

Ao Náutico, ainda na 15ª posição com 30 pontos, resta juntar as malas e voltar para Recife, onde terá o clássico regional com o Sport, também no dia 19, na Ilha do Retiro e torcer para que os times que estão abaixo dele (Portuguesa e Fluminense) na tabela não vençam seus jogos no término da rodada, neste sábado.

Jogo de paciência do São Paulo contra ferrolho pernambucano

Logo nos primeiros minutos de jogo, Muricy viu-se obrigado a promover a primeira substituição. Com Joilson deixando o gramado por ter recebido uma pancada de Derley, o técnico apostou em Jancarlos. Como esperado pelos tricolores, os visitantes atuaram fechadinhos, tentando aproveitar os poucos contragolpes que conseguiam.

Em todo ataque do São Paulo crescia um muro vermelho à frente. O Náutico ficou tão atrás que não foi raro ver o goleiro Rogério Ceni avançar, e até mesmo atravessar a linha que divide o campo, para colocar o Tricolor mais adiantado.

E a cada vez que o camisa 1, que voltou de lesão após perder duas partidas, fazia isso, a pequena torcida são-paulina ia ao delírio, berrando seu nome. E gritaram mais pelo ídolo quando a equipe teve uma falta próxima à meta de André. Depois, reclamaram da batida errada de Jorge Wagner, aos 16 minutos.

Os poucos torcedores que acompanharam o confronto também ficaram inconformados com a chance desperdiçada por Dagoberto, quando esteve na frente de André. Pelo lado do Náutico, a melhor alternativa era a bola na ala direita para a correria de Ruy.

Foi dos pés dele, aliás, que o time de Recife viu sua melhor oportunidade. Depois de avançar em velocidade, Ruy tentou encobrir Rogério Ceni, mas a bola se perdeu sobre a meta tricolor aos 19 minutos.

Agonia das testemunhas e Hernanes salvador

Na segunda etapa, o São Paulo seguiu dominando a partida. Rogério Ceni também continuou atuando praticamente como líbero. E a torcida agonizava nas arquibancadas. Em menos de 20 minutos, Muricy já havia queimado suas últimas substituições, ao trocar Jorge Wagner por Richarlyson e Dagoberto por André Lima. A tentativa era apertar mais contra a zaga pernambucana.

No entanto, a entrada de Geraldo no meio-campo do Náutico fez com que o time visitante se assanhasse mais contra a defesa são-paulina.

A saída para o Tricolor diante da muralha pernambucana era apostar nas bolas de fora da área. E foi assim, aos 37 minutos da segunda etapa, que Hernanes acertou as redes de André e garantiu a vitória apertada em casa por 1 a 0 - a bola ainda desviou em um defensor pernambucano antes de entrar.

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