Briga pelo acesso ainda embolada
A 1.ª Divisão do Amador também teve as partidas realizadas no sábado.
Em um jogo eletrizante, com direito a golaços, belas jogadas, expulsões, superação, uma virada espetacular e muita disposição, Combate Barreirinha e Trieste fizeram na ensolarada tarde de sábado um duelo à altura de um dos principais clássicos do futebol suburbano de Curitiba, pela segunda e decisiva partida da semifinal da Divisão Especial do Campeonato Amador da Capital. Na batalha no Recanto Tricolor, região Norte da capital paranaense, prevaleceu a garra dos donos da casa, que, mesmo com dois jogadores a menos, venceram os triestinos por 4 a 2 e se classificaram para a final da competição que reúne a elite do futebol amador curitibano.
O encontro foi marcado pelo equilíbrio. Contudo, no momento mais decisivo, a balança pendeu para o lado do Tricolor da Barreirinha. Após o empate em 1 a 1 no primeiro jogo, na casa dos italianos, em Santa Felicidade, semana passada, e a igualdade em 2 a 2 no tempo normal, sábado, no Recanto Tricolor, quem parecia ter tudo para sair vitorioso da prorrogação que definiria um dos finalistas era o Trieste. Só parecia.
Jogando em casa, o Combate tomou iniciativa de jogo e se submeteu aos contra-ataques do visitante, que abriu 2 a 0 no primeiro tempo, com Paniche (aos 6) e Max (com um golaço no ângulo, aos 19). A reação do Combate veio no segundo tempo, com Nika (aos 10) e Guilherme, em bela cobrança de falta, três minutos depois. Dois atacantes do time da Barreirinha foram expulsos ao levar o segundo amarelo durante a etapa final. Nika (11) e Juliano (45) só não foram mais cedo para o chuveiro porque fizeram questão de ver o resto do jogo junto ao alambrado.
Apesar da vantagem, o Trieste sucumbiu na prorrogação diante de um adversário que compensou o prejuízo numérico com uma determinação difícil de se ver até mesmo entre profissionais. "Esse time não perde mais", disse o técnico Ivo Petry antes do tempo extra. Ele estava certo. Visivelmente motivado, ganhando todas as divididas e dando o último gás, os nove do Combate brilharam. Éverson, de cabeça, e Geraldo, na entrada da área, fecharam o placar. "Foi a união do grupo que fez isso", exaltou o meia Piter, o melhor em campo.
O adversário do Combate na final será o Capão Raso, que, também no sábado, jogando no seu reduto empatou com o Urano por 0 a 0 e tirou proveito da vantagem obtida na primeira partida, quando venceu por 2 a 1.