A equipe Trópicos, formada por três atletas do Paraná e um paulista, sofreu com os maiores adversários do Ecomotion 2005, o frio e a chuva. A 80 quilômetros do fim da prova, o atleta Heitor Souza acusou sintomas de hipotermia e precisou ser resgatado pelo apoio da prova. Pelo regulamento, esse tipo de ajuda é sinônimo de desclassificação.
O drama da equipe começou em um dos locais de pior navegação entre as cidades de Canela e São Francisco de Paula. "Achamos que demoraríamos pouco, mas o lugar era um labirinto de trilhas. Levamos muito tempo para chegar ao próximo posto de controle e não nos preparamos adequadamente com roupas e comida", explicou o capitão Pablo Bucciarelli, de São Paulo.
A equipe chegou a esse trecho por volta das 20 horas de quarta, sob uma chuva intensa e cerca de 5 graus. "Já tínhamos sofrido um desgaste porque não conseguíamos nos manter secos e naquele ponto a situação piorou. O Heitor tremia muito e achamos melhor não arriscar", afirmou o navegador curitibano Fernando Marqueti.
De acordo com o médico do Ecomotion, Cleumar Correa, o corpo fica 30% mais frio quando molhado, favorecendo os casos de hipotermia. Heitor foi atendido e se recuperou bem.
Apesar disso, a equipe ficou satisfeita por ter passado boa parte da prova entre os 15 melhores. Agora o time se prepara para mais 500 quilômetros de aventura na Ecojarillo, em novembro, na Venezuela. A Trópicos conta conta ainda com a atleta Daiane Souza e é remanescente da Paranaventura, quinta colocada no Ecomotion 2004.
Outros dois competidores paranaenses tiveram mais sorte. Vanessa Cabrini e Laércio Kazmierckak, que competem ao lado dos gaúchos Marco Aurélio Alcântara e Giorgino Rabolini, conseguiram chegar na 13.ª colocação. A Cosa Nostra, representando o Rio Grande do Sul, completou os 444 quilômetros em 98h31min.
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