O velocista americano Justin Gatlin, de 24 anos, recebe da Agência Americana Antidoping (USADA, na sigla em inglês) uma suspensão de oito anos fora do atletismo por doping. O campeão olímpico dos 100m em Atenas-2004 chegou a um acordo para evitar ser banido do esporte. Ele também perde a marca de 9s77 que obteve em maio, igualando o recorde mundial da prova, estabelecido pelo jamaicano Asafa Powell.
Gatlin foi pego num exame antidoping realizado no dia 22 de abril. O teste detectou a presença de testosterona sintética no organismo do atleta. O americano já tinha sido pego por uso de anfetamina há cinco anos e argumentou então que usava medicamentos para tratar uma deficiência de concentração. Porém, pelas regras da Agência Mundial Antidoping (AMA), um atleta que é pego duas vezes no antidoping está sujeito a um afastamento permanente do esporte.
Pelo acordo, entretanto, o campeão olímpico se compromete a colaborar com a Agência Americana Anti-Doping na luta contra o uso de substâncias proibidas no esporte e, assim, evita o banimento. A Federação Internacional de Atletismo não se pronunciou, mas deve seguir a decisão da agência americana.
Apesar disso, Gatlin ainda pode recorrer da pena. A aplicação da pena é retroativa ao dia 25 de julho deste ano e, se não houver mudança, o americano só será liberado para competir em 24 de julho de 2014.
"Vamos tentar reduzir para algo abaixo de dois anos", afirma Cameron Myler, advogado do velocista, em reportagem do site americano ESPN.com. "O objetivo é tê-lo de volta às pistas o quanto antes."
Deixe sua opinião