Gazeta do Povo -- Qual o próximo passo a ser dado na sua administração?
Aquilino Romani, presidente do Paraná -- Estamos com um projeto e vamos apresentar no meio de janeiro. É todo um trabalho novo em cima do que sempre foi o objetivo nosso: profissionalizar o clube. É isso que vamos fazer em 2011. Já temos algumas metas traçadas. Uma delas é levar o time nas categorias de base e fazer as mudanças necessárias no futebol.
O Aurival (Corrêia, ex-presidente) vivia dizendo que tinha sanado as dívidas, mas pelo que senhor disse na administração dele os déficits foram maiores. Por que o senhor, mesmo sabendo disso, aceitou estar à frente do clube?
É uma mentira grande dizer que Aurival falou ter sanado o Paraná Clube. O que foi feito (por ele) na gestão do Miranda, que eu acompanhei, foi resolver muitas ações trabalhistas, Serasa. Mas depois disso, no fim de sua gestão, mais de 40 atletas ficaram sem acerto nenhum. Então ele sanou de um lado, mas ficou de outro. Mas eu sabia de tudo isso. Mas estou aqui porque sei que o Paraná Clube é viável.
E como viabilizá-lo?
Existia um erro grande nas categorias de base que corrigimos. Já chegamos na final da Copa Tribuna e, além disso, vamos integrar oitos garotos no time profissional. Colocamos dois gestores lá (no Ninho da Gralha, junto da Base). E em questão de dívidas, muitos times do Brasil têm maiores do que o Paraná. A diferença é que nos mostramos a cara. Eu vim para sanar o clube e levá-lo à Primeira Divisão. E só não subimos por detalhe.
Para profissionalizar futebol precisa dinheiro. Para se conseguir dinheiro precisa vender jogadores. Historicamente o Paraná revela bem e vende mal. Como fazer vender melhor os atletas estando com a corda no pescoço?
Você pode trazer bom profissional para coordenar o futebol que, por exemplo, traga patrocínio, abra as portas do Clube dos 13, da CBF... Então eu costumo dizer que é uma questão de custo benefício. Você investe, mas tem desgaste menor, a presidência tem mais tempo para mexer em outras coisas. Não é minha função e eu nunca mexi em parte financeira na minha empresa, mas no Paraná fiquei o ano todo resolvendo isso. Não é esse o papel do presidente.
Em 2011 vamos trabalhar com uma folha mais enxuta. E estamos montando equipe comercial e de marketing exatamente para buscar esse recursos necessários para fazer a profissionalização do clube.
Com a profissionalização, quem será o homem forte do futebol no Paraná Clube?
Vamos trazer uma pessoa. Um profissional de mercado. Tenho dois ou três nomes já. É uma coisa que vamos buscar.
Existe um profissional com esses atributos, de atribuir patrocinadores e ter bom relacionamento com a CBF e C13 disposto a trabalhar no Paraná Clube?
Tem. O mundo da bola é imenso e ao mesmo tempo pequeno. A marca do Paraná é muito grande e tem muita gente querendo trabalhar aqui. A imagem manchou um pouco, pois sempre pagamos em dia e nesses últimos dois anos... Mas vamos mudar isso, pois nem eu quero ficar se for para atrasar salários.
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