Esse caso foi encerrado. Assim Hortência definiu a recusa de Iziane à convocação para a Copa América. Preocupada com a repercussão da atitude da ala sobre a equipe, a diretora da seleção feminina de basquete decidiu colocar um ponto final no assunto, mas não descartou a possibilidade da atleta do Atlanta Dream ser chamada novamente a vestir o uniforme verde e amarelo no futuro.
Hortência contou que ligou para Iziane no dia do embarque para a Europa, na última semana, para a disputa dos Jogos da Lusofonia, que começam nesta quarta-feira. Do outro lado da linha, a resposta foi seca: "Pensei bem e não quero ir". O problema de relacionamento com o técnico Paulo Bassul, que baniu a ala do time depois de um desentendimento no Pré-Olímpico Mundial em 2008, foi o motivo alegado pela jogadora.
"Todo mundo sabe o que os dois pensam. Estão cansados de saber. Mas, para mim, nada disso importa, só o sucesso da seleção. A minha única preocupação era saber se ela aceitava voltar ou não", disse Hortência.
Com a negativa, a diretora, que havia cogitado ir aos Estados Unidos para convencer a ala, desistiu da ideia e exigiu apenas que ela oficializasse o pedido de dispensa através de um e-mail, que, até o momento, ainda não chegou.
"Isso não pode atrapalhar o nosso projeto de jeito nenhum. Iniciamos a gestão convocando as melhores, mas se a Iziane não quer vir, paciência. Não podemos perder o foco no nosso objetivo que é conquistar a vaga para o Mundial. Nesse momento, o caso foi encerrado. Mas o futuro a Deus pertence. Queremos começar esse novo ciclo esquecendo o passado e pensando na frente", disse Hortência.
Apesar de todo o esforço para convencer Iziane a voltar à seleção, Hortência não ficou frustrada com a recusa da jogadora.
"Cada uma sabe do seu caminho. Somos uma democracia. Todos têm o direito de negar o que quiserem. É assim que acontece aqui", concluiu.
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