
Cidade tem potencial para novos hotéis
Curitiba é uma das cinco das 12 cidades-sede da Copa que ainda têm espaço para novos lançamentos no setor, de acordo com o último Placar da Hotelaria, realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) para monitorar os empreendimentos. O estudo faz uma projeção de ocupação de leitos nos períodos posteriores à realização do Mundial e ajuda a orientar novos investimentos. Com a conclusão dos hotéis em construção anunciados até agora, a capital do Paraná deve ter uma taxa média de ocupação em torno de 77% em 2015.
"Curitiba, assim como São Paulo, passa por um processo de recuperação da tarifa, que ficou estagnada por muito tempo. Entre janeiro e agosto de 2012, o valor médio da diária na cidade ficou em R$ 187,12, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, semelhante ao mercado nacional, de 16,8%", diz a diretora-executiva do FOHB, Ana Maria Bizelli Aidar. O custo da diária ajuda a balizar o monitoramento dos mercados locais. Algumas cidades não comportam novos empreendimentos. "São investimentos de longo prazo. A Copa não deve ser a razão para construir novos hotéis, é preciso avaliar o mercado local e o potencial pós-evento", diz.
Os 18.500 leitos de hotel que Curitiba dispõe hoje já seriam suficientes para atender o circuito oficial de visitantes em junho de 2014, durante a Copa do Mundo. Em todo o país, são esperados 600 mil estrangeiros, de acordo com estimativas do Ministério do Turismo. Desse total, 13 mil pessoas, entre patrocinadores, imprensa e convidados especiais, já estão com os leitos garantidos em Curitiba por meio de contratos com a Match, empresa ligada à Fifa, que regulamenta a hospedagem oficial da competição.
"Somos o terceiro maior parque hoteleiro do país. Fomos certificados na hotelaria há dois anos, com base na quantidade de leitos em relação à capacidade do estádio. Somados aos empreendimentos que ficarão prontos até 2014, ninguém deve ficar sem acomodação", diz Henrique Lenz César Filho, presidente da Associação Brasileira de Hotelaria do Paraná (ABIH-PR). Ainda não estão nessa conta as vagas para as delegações.
O setor de hotelaria considera também que muitos visitantes estarão apenas de passagem pela cidade, sem contar os que vão se acomodar em casas de amigos e familiares o giro total em Curitiba no período, somados turistas nacionais e estrangeiros, passaria de 600 mil visitantes, segundo números da secretaria estadual para Assuntos da Copa.
Outra estratégia do setor para evitar a superlotação é a organização do calendário de eventos locais. Em outubro de 2011, o agendamento simultâneo da Conferência da OAB e do Fórum Brasileiro de Resíduos Sólidos esgotou a oferta de leitos hoteleiros. "Temos de organizar o calendário para que os visitantes tenham opções de lazer e roteiros na cidade e na região, substituindo a visitação normal pela dos turistas da Copa. Assim vamos conseguir mantê-los por mais tempo aqui", explica o presidente do Curitiba, Região Metropolitana e Litoral Convention Visitors Bureau, Dario Paixão.
Mais do que garantir os quartos, entidades ligadas ao turismo estão mesmo preocupadas em atrair os visitantes. Há dificuldades pontuais. Turistas europeus podem optar por destinos de sol e praia e a realização dos jogos à tarde não favorece a hospedagem na cidade. "É preciso sistematizar a divulgação de Curitiba como destino para o turista da Copa. Criar um fundo de promoção turística e montar uma organização única para as iniciativas isoladas", opina Paixão. Para Henrique Lenz, o setor vai conseguir afinar expectativas e estratégias depois do sorteio das seleções que jogarão na capital, em dezembro de 2013.
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