Após um mês detidos, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis conseguiram deixar a cadeia em Assunção no Paraguai, mas permanecerão no país em regime de prisão domiciliar. Na tarde da última terça-feira (7), o juiz Gustavo Amarilla decidiu autorizar a mudança após o astro pagar fiança de US$ 1,6 milhão (aproximadamente R$ 8,3 milhões) e garantir que ficará no Hotel Palmaroga, no centro da capital paraguaia.
O ex-jogador vai ficar hospedado com seu irmão. O valor da diária varia de acordo com a quantidade de dias hospedado, mas o dia não sai por menos de US$ 300 (R$ 1.566). O Hotel Palmaroga fica na Calle Palma, rua localizada no microcentro de Assunção e em nada lembra o local em que o ex-jogador passou os últimos 32 dias.
A prisão domiciliar de Ronaldinho está perto dos principais pontos turísticos de Assunção e é construído sob fundamentos da arquitetura neoclássica. O hotel mescla o tradicional com o moderno em suas habitações e nas áreas comuns é sempre citado como um dos melhores do Paraguai em sites especializados no assunto.
No total, o hotel conta com 107 quartos, divididos em oito modelos. A Suíte Presidencial tem cama king size com dosel (uma estrutura, geralmente de madeira, onde pode ser colocado um tecido e deixar uma espécie de cortina sobre a cama); duas Tvs 4K, sendo uma delas de 45 polegadas e outra de 55; banheira com hidromassagem; roupão e pantufas; grande chuveiro, cozinha, banheiro social, cofre, máquina de café expresso, além de uma mobília completa em um quarto que simula um apartamento, com sala e cozinha.
Ronaldinho ainda terá à sua disposição academia e piscina, além dos serviços triviais de um hotel (estacionamento, lavanderia, café da manhã, serviço de quarto). O fato é que o ex-jogador passa a viver um mundo bem diferente do que viveu até terça-feira, quando conseguiu a mudança de pena. Na Agrupação Especializada de Assunção, local de sua prisão, Ronaldinho vivia em cela com seu irmão que tinha seis metros de comprimento por três de largura. O local comportava duas camas de solteiro, onde dormiam Ronaldinho e Assis, mais uma geladeira e um televisor, que ele mesmo mandou comprar e deixou lá.
O local era um quartel que se tornou prisão de criminosos considerados altamente perigosos ou que não poderiam ficar com "presos comuns" por diversos motivos. O local recebe narcotraficantes, terroristas, dirigentes de futebol e políticos que cometem crimes. Membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) estariam detidos no local.
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