Pós-jogo
Riva propõe clausura total no CT
Depois da goleada sofrida para o Grêmio, os jogadores atleticanos não terão vida fácil. O elenco deve ficar concentrado até que o clube saia da zona de rebaixamento.
"Temos de buscar uma concentração total, estar focado. A chave é isso aí: 24 horas por dia dentro do centro de treinamento", declarou o preparador físico Riva de Carli.
Antonio Lopes confirmou a intenção do regime fechado, mas não a data de início da concentração total.
"Vamos ficar voltados única e exclusivamente para o clube até dezembro, mesmo deixando a família em segundo plano", destacou o comandante que acredita que apenas uma atitude radical pode salvar o Furacão. "O que pretendemos fazer é a única maneira de reverter esta situação. Por isso é que queremos ficar com eles [atletas] diariamente. Os jogadores convivendo mais, tendo uma alimentação mais balanceada, dormindo mais..."
A definição de quando tudo será colocado em prática sairá hoje, após uma reunião da comissão técnica. (SC)
Opinião
Receita da salvação
O que esperar de um time com o sexto técnico em nove meses? Nada. E de onde nada se espera, com raras exceções, difícil ocorrer algo. Assim se resume o Atlético nesta temporada.
Com passos de Usain Bolt ao rebaixamento, o Rubro-Negro precisa justamente acreditar que é uma daquelas raras exceções. Só assim terá alguma chance de escapar do vexame.
Na prática, o clube precisa ter a cabeça fria neste momento a ponto de passar um cheque em branco para o técnico Antonio Lopes. Ele apesar dos inúmeros senões nos últimos trabalhos foi o escolhido pela diretoria para salvar o clube.
O processo de redenção passa necessariamente em criar uma atmosfera entre torcida e time na Arena. Coisa para o marketing do clube, talvez. A receita engloba também torcer contra meia-dúzia de rivais. Por fim, aquela dose de sorte.
Tudo isso pode ocorrer? É difícil.
Rodrigo Fernandes, editor
Antonio Lopes teve uma reestreia das mais infelizes no Atlético. Diante do Grêmio, em Porto Alegre, o time rubro-negro foi humilhado. Perdeu por 4 a 0, sem esboçar nenhuma reação. Além de não somar pontos e cedê-los justamente a um concorrente direto na luta contra a degola, o Furacão está agora a apenas um ponto do lanterna, o América-MG.
Pior do que isso: o time fica agora a cinco pontos do Santos, o 16º colocado, primeiro rival fora da zona de risco. Porém, o time paulista tem dois jogos a menos.
Com uma série de quatro jogos sem vitória, o Atlético soma apenas 18 pontos em 63 disputados. "Temos que encarar. O momento é muito complicado. Nossa equipe não jogou bem. Tem de pensar em sair dessa situação não dá mais pra ficar na zona de rebaixamento", lamentou o novato Pablo.
Dois fatores podem explicar o mau desempenho na partida do Olímpico: o desequilíbrio emocional dos jogadores depois de mais uma mudança de técnico (Lopes é o sexto na temporada); e/ou a estruturação da equipe colocada em campo, com Fransérgio de líbero.
"Tivemos um baque muito grande com a mudança de técnico", limitou-se a dizer o zagueiro Fabrício.
O time esteve tão desnorteado que, ao final da partida, o goleiro Renan Rocha único destaque positivo, apesar dos quatro gols sofridos já tentava virar a página: "Vamos ver o que vamos fazer para o jogo que vem... O Lopes vai ter que arrumar isso aí". A próxima partida é contra o Palmeiras, sexto colocado, na Arena da Baixada.
Em 32 minutos de jogo, o Grêmio vencia por 2 a 0, com gols de Escudeiro e André Lima. Este ainda fez mais dois na etapa final, o último aos 21 minutos. Depois disso, o time gaúcho seguiu forte, mas perdeu algumas chances e os paranaenses escaparam de um placar ainda pior.
Lopes, após a partida, mostrou-se preocupado. "Sei que a situação é muito complicada, mas vamos achar um jeito de trabalhar e reverter isso".
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