Michael Jordan, de 48 anos, quem diria, tornou-se vilão na NBA. Atribui-se a ele a decisão de não aceitar as condições que poriam, no início desta semana, um ponto final ao locaute (greve dos patrões). O ex-jogador é sócio majoritário do Charlotte Bobcats, um dos sacos de pancada da liga. A franquia amargou prejuízo estimado em US$ 20 milhões (cerca de R$ 35 milhões) na temporada passada.
Segundo nota publicada no jornal New York Times, Jordan integrou um grupo de dez a 14 patrões que não aceitou a última proposta de partilha dos lucros, um dos pontos cruciais do novo acordo coletivo de trabalho da NBA. O ex-jogador queria que 53% dos rendimentos das franquias ficassem com os patrões. O restante seria repartido entre os jogadores. Mas os atletas dissolveram seu sindicato antes de chegarem aos números pedidos por Jordan. Quando lhes foi oferecido 50% dos lucros, os jogadores anunciaram que apelariam à Justiça pelo acordo.
Até a temporada 2010-2011, o acordo coletivo de trabalho da NBA dava aos atletas 57% dos lucros. As franquias reclamaram que tiveram prejuízo de US$ 300 milhões (R$ 529 milhões) no último ano.
A próxima edição da liga americana de basquete está ameaçada de não acontecer. A NBA anunciou ontem que, até 15 de dezembro, não haverá nenhuma partida.
Embora existam mais patrões defensores de um acordo mais severo para os atletas, coube a Jordan carregar a pecha de traidor e despertar a fúria de fãs na internet. Os mais exaltados lembraram que Jordan chegou a sugerir que o último time pelo qual atuou, o Washington Wizards, fosse vendido, uma vez que não rendia o suficiente para se manter competitivo.
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