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Filho de Londrina, Naldo é ídolo e uma das principais armas do Werder Bremen | Marcus Brandt / AFP
Filho de Londrina, Naldo é ídolo e uma das principais armas do Werder Bremen| Foto: Marcus Brandt / AFP

Voltar ao Brasil? Só quando for se aposentar

O zagueiro Naldo acompanha o futebol brasileiro dentro das suas possibilidades, e tem a intenção de voltar a um clube do país no futuro. Entretanto, só quando a aposentadoria estiver batendo à sua porta. "Pretendo fazer meu último ano no Brasil, quando eu for parar. Está longe ainda e até lá quero permanecer aqui na Europa". Sobre a preferência por algum clube, o jogador não esconde que teria interesse de defender o atual campeão nacional.

"Existem vários clubes excelentes atualmente no país, como o São Paulo. Não só dentro de campo, mas fora dele, os dirigentes trabalham forte, e isso dá tranquilidade para trabalhar e jogar. Diria que hoje é a grande equipe brasileira", concluiu Naldo.

  • Assim como Mineiro e Vagner Love, Naldo (ao centro) perdeu espaço na seleção, mas espera voltar
  • Jogador também é conhecido no mundo do futebol pelas suas tatuagens

Quando volta a sua cidade natal, Ronaldo Aparecido Rodrigues passa despercebido, como mais uma pessoa comum em Londrina, no Norte do Paraná. Já em Bremen, na Alemanha, cidade que o acolheu em 2005 e na qual passa a maior parte do seu ano, ele já não pode sair na rua sem ser reconhecido. Está é a vida do zagueiro Naldo, dono da camisa 4 do Werder Bremen. O jogador de 26 anos é mais um exemplo de atleta que não foi descoberto pelos clubes paranaenses, despontando no futebol gaúcho – a exemplo de Alexandre Pato.

O fato de não ter tido a chance de defender o Tubarão ou outra agremiação do estado não chega a incomodar Naldo, porém o defensor não esconde a sua mágoa com a falta de reconhecimento e visão que quem trabalha com futebol na região. "Naquela época eu só jogava com os meus amigos, até porque não tinha muitas chances em Londrina. Dão pouco valor aos jogadores de lá. Muitos saíram da cidade e nunca passaram pelo futebol local", afirmou Naldo, em entrevista à Gazeta do Povo Online.

Em suas férias, o zagueiro do Werder não deixa de retornar ao Norte do Paraná para visitar familiares e amigos. Mas quando o assunto é futebol, Naldo apareceu para o mundo atuando com a camisa do RS Futebol (entre 2001 e 2003) e do Juventude (2004/2005). De lá, o zagueiro acabou vendido ao clube de Bremen, o qual defende as cores há quase quatro anos.

"No Rio Grande do Sul tive chance e fui reconhecido. A minha adaptação na Alemanha foi muito boa, logo que cheguei me tornei titular do time, e demonstrei dentro de campo que estava adaptado. Fora dele, tudo correu muito bem também, meu filho nasceu aqui e a minha esposa se identifica com a cultura alemã", analisou Naldo, sem deixar de comparar o presente com o passado.

"Aqui os torcedores são muito mais humanos do que no Brasil. Eles convivem todos juntos, não existe distinção entre os adversários, não vemos brigas por aqui, então é algo que os brasileiros deveriam aprender com os alemães", disse o jogador. O bom futebol apresentado por Naldo chegou a levá-lo à seleção brasileira no início da era Dunga, contudo o jogador acabou perdendo espaço e não vem sendo chamado. Nada que o incomode momentaneamente.

"Acho que ele (Dunga) vem acompanhando não só a mim, mas como outros que não estão sendo chamados. Estou trabalhando, temos oito ou nove zagueiros de alto nível, e eu me incluo entre estes atletas, então não é fácil escolher apenas quatro em cada convocação. Espero agradá-lo daqui para frente para voltar ao grupo do Brasil", comentou. O foco do zagueiro está na Copa do Mundo de 2010.

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