Felipão orienta Marcelo: o lateral provou que pode se adaptar ao estilo do técnico| Foto: Paulo Whitaker/ Reuters

Há pelo menos um estádio brasileiro em que a seleção joga sem que seja Neymar o seu personagem mais ovacionado. O anúncio de nenhum outro nome pelo sistema de som da Arena do Grêmio causou mais comoção do público que o de Luiz Felipe Scolari. Campeão brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores pelo Tricolor gaúcho, Felipão demonstrou, ontem, estar com a idolatria intacta mesmo não trabalhando em Porto Alegre há 16 anos. "Até esperava essa recepção por toda a história que fiz no Grêmio", afirmou.

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Sentindo-se em casa, Scolari postou uma cadeira entre o banco de reservas e as placas de publicidade para assistir ao jogo. Saía dali para a área técnica somente diante da repetição de erros: saída de bola quebrada, tentativa de ligação direta a partir dos laterais, o confinamento de Neymar ao lado esquerdo do campo. No fim, saiu satisfeito com o rendimento da equipe e o tratamento do torcedor.

"Tudo aqui em Porto Alegre fez com que tivéssemos um ambiente muito bom. Não sei se a gente foi ajudado pela torcida, mas foi espetacular. Saímos daqui com a ideia de que pode ser o ambiente que ajude a nossa seleção a ser uma seleção de qualidade", afirmou o treinador.

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Para a estreia na Copa das Confederações, Felipão repetirá o time de ontem. As últimas dúvidas eram Hulk e Marcelo. O atacante criou algumas das melhores chances brasileiras no primeiro tempo e o lateral provou ao treinador que era capaz de suportar um jogo inteiro e de adaptar seu estilo à necessidade do time.

"O Marcelo entra muito pelo meio e a gente orienta que ele passe pelo lado do campo, porque já tem muita gente na posição. Isso é uma característica dele, tanto que no pênalti ele corta como se fosse um meia mesmo", disse Scolari.