Recém-chegado ao Atlético, Caíque precisou de 90 minutos para deixar boa impressão. Autor de do primeiro gol na vitória sobre o Prudentópolis, na última quarta-feira (11), o jovem de 21 anos espera seguir o caminho de outros atacantes que fizeram fama no Furacão. Como Lucas, que, assim como o novato rubro-negro, também veio do Botafogo de Ribeirão Preto (SP).
Destaque do Botafogo-SP nos anos 90, Lucas chegou ao Rubro-Negro em 1998 para se tornar um dos maiores xodós da torcida. Teve duas passagens pelo Furacão: entre 1998 e 2000, depois em 2011, antes de encerrar a carreira. Com a camisa atleticana, conquistou a seletiva da Libertadores em 1999 e o Paranaense de 2000. Depois do Atlético, o atacante teve passagens por Cruzeiro e Corinthians, além do futebol francês e japonês. O ápice foi em 2000, quando estava no Rennes, da França, e disputou a Olimpíada de Sydney pela seleção.
Ao comparar sua carreira com a do atual novato rubro-negro, Lucas afirma que hoje a possibilidade de ganhar visibilidade no clube é ainda maior. "O Caíque tem uma história parecida com a minha, mas hoje está um pouco mais fácil. O Atlético virou uma potência e todo jogador quer ir para aí. Eu não conhecia muita coisa e foi uma mudança radical", conta Lucas, hoje que mora em Ribeirão Preto.
Entre as dificuldades que enfrentou e pela quais Caíque deve passar, está o frio de Curitiba. "Era muito frio. Tive que ganhar peso e jogar um futebol diferente do que eu jogava em São Paulo", lembra.
Se Caíque souber aproveitar toda a estrutura que o Atlético proporciona, além da visibilidade, Lucas acredita que o atacante tenha chance de seguir um caminho parecido com o seu. "O Atlético para minha carreira foi tudo. Foi o alicerce. O Botafogo era uma esperança, mas no Atlético eu pude me tornar um jogador e até chegar à seleção", compara.
Mas, para evoluir, Lucas aconselha Caíque a ter tranquilidade e dedicação. "Ele não vai conseguir ter espaço de uma hora ou outra. Começou bem, mas tem que ter dedicação. Aí é diferente. A torcida do Atlético é muito exigente e pede raça sempre. Além disso, é só fazer gols", conclui Lucas.
Potencial
Caíque chegou ao Botafogo em 2012. Por deficiências no elenco, foi lançado no Paulistão pelo técnico Vagner Benazzi e teve boas atuações. Mesmo assim, retornou às categorias de base para fortalecer os conceitos do futebol. A ascensão foi muito rápida, fazendo com que o jogador pulasse etapas de desenvolvimento. Após um período na Francana, voltou ao Botafogo e se destacou.
Para repetir a história de Lucas, Caíque tem um longo caminho. Tempo para isso ele terá, já que assinou contrato de cinco anos com o Furacão. E potencial, garante o amigo Carlão, ex-companheiro do time do Botafogo-SP, ele tem. "A força fisica dele o potencial de finalização são o seu diferencial. Um cara frio dentro da área, tanto por cima, quanto por baixo. É rápido, de explosão".
Frio em campo, extrovertido fora dele. Das caixinhas de som acopladas no celular de Caíque devem sair as músicas para embalar as concentrações e vestiários do Atlético. "Ele é o cara que anima vestiário. Dava muita risada com ele. Era meu parceiro mesmo", lembra Carlão, que dividiu o ataque do Botafogo-SP na campanha que levou o time ao vice-campeonato da Copa Paulista.
Resta saber se o gosto musical vai agradar. Fã incondicional da Banda Luxúria, autores do hit Gordinho Gostoso - música "chiclete" que fará sucesso entre os foliões desse carnaval Caíque deixa a frieza apenas para o gramado. "A turma vai gostar. Mas tem pagode, funk, tudo que um jogador gosta", diverte-se Carlão.
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