Juntos, Tião Abatiá e Zé Roberto fizeram 48 dos 123 gols do Coritiba na temporada de 1972 marca, até o último domingo, do melhor ataque da história do clube. Os artilheiros do time bicampeão paranaense e quinto colocado do Nacional naquele ano, porém, se renderam ao desempenho ofensivo do Coxa de 2011.
Com uma bola na rede a mais e, até agora, 17 jogos a menos, a equipe do técnico Marcelo Oliveira cravou seu nome como a dona do ataque mais positivo desde a fundação do Alviverde ao golear o Botafogo por 5 a 0 na última rodada.
"Nós [time de 72] fomos eficientes, certo? Se os caras [time atual] passaram a gente, os eficientes são eles. Estou certo ou errado?", perguntou Zé Roberto, rendendo-se ao feito conquistado por Bill, Marcos Aurélio, Rafinha e companhia. "Para mim, esse é o time mais regular do Coritiba dos anos 80 para cá", elogia Abatiá.
Zé Roberto mostrou uma sincera satisfação ao saber da quebra do recorde. "Demorou quase 40 anos. Acho que é sensacional. Essas coisas foram feitas para um dia serem superadas. Fico muito feliz por isso e vou até ligar para o Tião, que nem deve estar sabendo", festeja Zé Roberto, como uma criança, apesar de seus 66 anos de idade. O melhor ponta de lança do país em 1972 hoje curte a aposentadoria em Serra Negra, no interior de São Paulo.
Também aos 66 anos, o ex-companheiro de ataque vive em Ribeirão do Pinhal, na Região Norte do Paraná, e ficou sabendo da nova marca pela reportagem da Gazeta do Povo.
Abatiá, que tinha Leocádio, Paquito, Hélio Pires e Krüger como companheiros de ataque, compara seu estilo de jogo, baseado na força ao de Bill, o maior goleador alviverde da temporada, com 23 gols. Um a menos do que a dupla de artilheiros de quatro décadas atrás tanto Zé Roberto quanto Abatiá marcaram 24 vezes.
"Gosto do Bill. Não sei por que dispensaram ele do Corinthians. Acho um baita jogador. Espero que bata [nossa marca] já no próximo jogo", aposta Zé Roberto. "E é só me convidar, que vou assistir", termina.
A média de gols do time atual (2,17 por partida) só não é maior do que a registrada em 1957. Há 54 anos, o Coritiba fez incríveis 3,14 gols por jogo, mas em apenas 37 duelos durante toda a temporada. Seria preciso que a equipe marcasse improváveis quatro gols por confronto até o fim do Brasileiro para se aproximar da proeza.
Colaborou Grupo Helênicos.
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