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Artilheiro do Coxa, Bill foi elogiado por Tião Abatiá: “Acho um baita jogador” | Antonio More/ Gazeta do Povo
Artilheiro do Coxa, Bill foi elogiado por Tião Abatiá: “Acho um baita jogador”| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Juntos, Tião Abatiá e Zé Roberto fizeram 48 dos 123 gols do Coritiba na temporada de 1972 – marca, até o último domingo, do melhor ataque da história do clube. Os artilheiros do time bicampeão paranaense e quinto colocado do Nacional naquele ano, porém, se renderam ao desempenho ofensivo do Coxa de 2011.

Com uma bola na rede a mais e, até agora, 17 jogos a menos, a equipe do técnico Marcelo Oliveira cravou seu nome como a dona do ataque mais positivo desde a fundação do Alviverde ao golear o Bo­­tafogo por 5 a 0 na última rodada.

"Nós [time de 72] fomos eficientes, certo? Se os caras [time atual] passaram a gente, os eficientes são eles. Estou certo ou errado?", perguntou Zé Roberto, rendendo-se ao feito conquistado por Bill, Mar­­cos Aurélio, Rafinha e companhia. "Para mim, esse é o time mais regular do Coritiba dos anos 80 para cá", elogia Abatiá.

Zé Roberto mostrou uma sincera satisfação ao saber da quebra do recorde. "De­­morou quase 40 anos. Acho que é sensacional. Essas coisas foram feitas para um dia serem superadas. Fico muito feliz por isso e vou até ligar para o Tião, que nem deve estar sabendo", festeja Zé Roberto, como uma criança, apesar de seus 66 anos de idade. O melhor ponta de lança do país em 1972 hoje curte a aposentadoria em Serra Negra, no interior de São Paulo.

Também aos 66 anos, o ex-companheiro de ataque vive em Ribeirão do Pinhal, na Região Norte do Paraná, e ficou sabendo da nova marca pela reportagem da Gazeta do Povo.

Abatiá, que tinha Leocádio, Paquito, Hélio Pires e Krüger como companheiros de ataque, compara seu estilo de jogo, baseado na força ao de Bill, o maior goleador alviverde da temporada, com 23 gols. Um a menos do que a dupla de artilheiros de quatro décadas atrás – tanto Zé Roberto quanto Abatiá marcaram 24 vezes.

"Gosto do Bill. Não sei por que dispensaram ele do Co­­rinthians. Acho um baita jogador. Espero que bata [nossa marca] já no próximo jogo", aposta Zé Roberto. "E é só me convidar, que vou assistir", termina.

A média de gols do time atual (2,17 por partida) só não é maior do que a registrada em 1957. Há 54 anos, o Coritiba fez incríveis 3,14 gols por jogo, mas em apenas 37 duelos durante toda a temporada. Seria preciso que a equipe marcasse improváveis quatro gols por confronto até o fim do Brasileiro para se aproximar da proeza.

Colaborou Grupo Helênicos.

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