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Classificação:

1º Urano - 22 pontos2º Iguaçu - 153º Trieste - 154º Vila Hauer - 145º Bairro Alto - 136º Caxias - 127º Santa Quitéria - 118º Nova Orleans - 119º Capão Raso - 1110º Combate Barreirinha - 1011º Pilarzinho - 612º Vila Fanny - 4

O encontro entre Vila Hauer e Iguaçu sempre é rodeado de muita expectativa e de casa cheia. Na tarde deste sábado (10), o clássico da Suburbana ainda tinha como ingrediente a disputa pela vice-liderança do campeonato, que se manteve nas mãos do Iguaçu, após o empate em 1 a 1.

A torcida compareceu em peso ao estádio Donato Gulin, no Hauer, e a recepção da torcida Viloucura foi de gala, com direito a gritos de apoio a cada um dos jogadores e fumaça colorida que vinha dos sinalizadores. Tudo conforme manda o figurino.

Mas, apesar de jogar em casa, o Vila Hauer não teve o apoio uníssono da massa. O grito mais ouvido no estádio era um estridente e rouco "Iii-gua-çu, Iii-gua-çu". Começou tímido, mas ao não perceber olhares atravessados da amistosa torcida local, o som, gradativamente aumentou e começou a atrair a atenção e virar motivo de risos.

O dono do grito era o autônomo Ênio Pinheiro Lemes, 36 anos, que não conseguia segurar o nervosismo. Com os dedos entrelaçados no alambrado, Ênio não apenas ecoava aos quatro cantos para qual time estava torcendo como cronometrava o tempo de jogo, narrava baixinho os lances e cantava as jogadas, como um técnico. "Vai virando o jogo", ordenava.

Em meio a um e outro palavrão, cobrava os jogadores e o técnico Juninho. Quando o atacante Marlon(ex-Trieste e Paraná Clube) perdeu, de cara para o gol, a chance de abrir o placar tocar por cima do goleiro ao invés de bater firme, Lemes soltou: "Bonito no amador não tem. Bonito é ganhar o jogo!", filosofou.

E o Vila Hauer parece ter ouvido o brado do torcedor adversário. Depois de desperdiçar duas chances, Cléverson fez jogada de linha de fundo e, ao tentar cortar de carrinho, o zagueiro Paulo Sérgio, do Iguaçu, tocou a mão na bola dentro da área.

Pênalti, bem convertido por Fernandinho e explosão da Viloucura.

A alegria dos anfitriões durou menos de um minuto. Na saída de bola, o Iguaçu avançou pela direita e, no cruzamento, a dupla de zagueiros bobeou. A bola ficou livre para o atacante Jé empatar e correr para comemorar com o torcedor mais empolgado.

Os gritos de "Iii-gua-çu" ficaram ainda mais fortes. "Vamos virar, vamos virar. Pode escrever, vai terminar 3 a 1", dizia o fanático torcedor do time alvinegro de Santa Felicidade, no intervalo da partida.

Volta do intervalo

O segundo tempo começou com o Hauer melhor, mas as principais jogadas vinham apenas de bola parada. O zagueiro Italiano e o meia Ricardo arriscaram, mas não acertaram o alvo. Enquanto isso, o Iguaçu trocava passes, mas não tinha força no ataque para virar a partida e transformar a profecia de Lemes em realidade.

Aos 44 minutos, o torcedor atacou de narrador: "É a última volta do ponteiro e vemos dois times mortos em campo", soltou para encerrar seu próprio show com um misto de alegria e decepção. "Somamos um pontinho e semana que vem tem mais", finalizou. Com o resultado, o Iguaçu manteve a vice-liderança da Suburbana, e está a sete pontos do líder Urano. O Vila Hauer é o quarto.

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