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  • O carro da paranaense RC Competições parado nos boxes: em São Paulo, vitória com Max Wilson

O pacote é o mesmo para todos. Motores, chassis e pneus idênticos. Mas há seis anos apenas duas equipes se revezam na conquista de títulos da Stock Car. A paranaense RC, do chefe Rosinei Cam­­pos, o Meinha, hoje Eurofarma-RC, e a fluminense A. Mattheis, de Andreas Mattheis, atualmente Red Bull Racing.

Disputa que, a julgar pela primeira etapa do ano, em São Paulo, se manterá ferrenha em 2010. O vencedor foi Max Wilson, da equipe vizinha ao autódromo em Pinhais. Cacá Bueno, da concorrente, era o principal adversário até um problema no pneu traseiro direito o derrubar para a 14.ª posição. Hoje os carros amarelinhos de Meinha e os azuis de Mattheis largam às 11h10, no Autódromo Internacional de Curitiba, em busca de pontos preciosos na briga.

"Eles trazem uma boa base do passado. Cada um com sua trajetória, o Mattheis ex-piloto e o Meinha sempre na parte de mecânica, carregam uma grande bagagem. O material pode ser igual no início, mas o desenvolvimento conta muito", diz Ricardo Maurício, campeão em 2008 pela equipe de Petrópolis, então Me­­dley A. Mattheis, e atual piloto da concorrente.

Procurados pelos principais pa­­trocinadores, os dois times contam sempre com orçamentos que lhes permitem trabalhar tranquilos. "Mas acredito que dinheiro é o menos importante. Todas as peças estão no mercado e não há nada que alguém não possa adquirir. O grande barato da Stock Car é que a parte humana decide, na preparação do carro e na pilotagem", afirma Cacá, campeão em 2006 e 2007 pela Eurofarma-RC e em 2009 no primeiro ano da parceria de Mattheis com a Red Bull, na qual permanece.

A sequência de títulos da du­­pla começou em 2004. Giulia­­no Losacco faturou o campeonato pela então Itupetro-RC. No ano seguinte foi bicampeão, mas pela Medley A. Mattheis. Então vieram os títulos de Cacá e Maurício. A escolha dos pilotos, aliás, é fundamental segundo os dois chefes. "Além disso, lógico que a experiência conta muito, assim como o apoio financeiro. Outra coisa muito importante é o material humano, ter uma equipe coesa, trabalhando direitinho. Em São Paulo, por exemplo, ganhamos a corrida no pit stop", descreve Meinha. "Tenho certeza de que jun­­tamos as peças certas para conseguir esses resultados", ressalta Mattheis.

Mesmo com o domínio recente, chefes e pilotos são unânimes ao lembrar que a categoria continua equilibrada e há outros em condições de conquistar o título. "Não há nenhuma garantia de vitória. Se essas equipes foram campeãs nos últimos anos, outras chegaram a disputar e passaram muito perto", lembra Cacá.

Apesar da preocupação, pelo menos por ora a posição dos times nos boxes, ocupando os primeiros espaços, mostra quem vem mandando nos últimos seis anos. Por via das dúvidas, os dois ainda têm segundas equipes: RCM Motorsport e A. Mattheis Motorsport.

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