Desafio
Trajeto da prova ficou "pior"
Enquanto a organização da prova afirmava que as mudanças no percurso tornariam a Maratona de Curirtiba menos difícil, os atletas afirmavam que o trajeto piorou. "Em 2006, quando venci, tivemos o melhor trajeto de todos. Agora, piorou muito, com mais subidas longas e mais um viaduto [o da Marechal Floriano Peixoto]", afirmou o terceiro colocado da prova deste ano, Adriano Bastos.
"Só a Maratona de Foz do Iguaçu é mais difícil", afirmou o campeão Claudir Rodrigues.
Entre os amadores, a opinião foi a mesma: as ruas de Curitiba são um grande desafio a ser vencido. Terminar e bem fisicamente os 42 km da maratona foi a conquista da analista de sistemas Hitomi Sakakibara, 41 anos.
Ela dedicou as últimas 16 semanas para treinos específicos para correr ontem sua primeira maratona. E contou, no blog do Fôlego (www.gazetadopovo.com.br/corrida), semana a semana, as dificuldades superadas nos treinos. "Valeu a pena. A emoção de ultrapassar a linha de chegada é indescritível", conta. Ela terminou a prova em 3h55s, quinze minutos antes do que havia planejado.
Em 2011, os corredores podem percorrer um novo trajeto na Maratona, caso as obras estruturais para a Copa do Mundo de 2014 tenham sido iniciadas. (AB)
Ela é queniana; ele, gaúcho. Mas já podem ser considerados curitibanos, de tão habituados a percorrer e triunfar pelas ruas da capital paranaense. Claudir Rodrigues e Jacquiline Chebor venceram, ontem, a 14.ª edição da Maratona de Curitiba. Com o resultado, os dois chegam ao tetracampeonato da prova. Para ele, é o tricampeonato consecutivo (venceu em 2005, 2008, 2009 e 2010). Jacquiline venceu as últimas quatro edições.
Enquanto a queniana de 41 anos só tomou a liderança da prova no 31.º km, Claudir passou mais da metade da maratona correndo sozinho na ponta. Tomou a dianteira no 10.º km, com um segundo pelotão alguns metros atrás, e percorreu os 32,195 quilômetros restantes sozinho. A falta de concorrentes em sua cola e o forte calor da manhã de domingo às 7h20 da manhã, quando foi dada a largada, a temperatura já estava em 19ºC foram os motivos pelo qual o gaúcho não tentou quebrar o recorde da prova, estabelecido em 2004, por José Gutemberg Ferreira (2h17min55s).
"Bater o recorde? De que jeito? Corri para ganhar a prova e não para bater o recorde. Sabia que era difícil. O percurso aqui é um dos mais difíceis e complicados do Brasil", afirmou Claudir, que cruzou a linha de chegada após 2h21min e 16s de corrida por 64 ruas e 29 bairros de Curitiba.
Jacquiline teve mais trabalho: largou no segundo pelotão e chegou à frente no 28.º km, com a bicampeã da prova, a gaúcha Rosa Jussara Barbosa (venceu em 2003 e 2006) no seu encalço. "Consegui acompanhá-la até o km 30, mas ela arrancou um quilômetro depois", disse a atleta, que ficou com o segundo lugar. A queniana completou a prova em 2h48min52s.
A queniana nascida na pequena cidade de Baringo, a mesma de Paul Tergat, pentacampeão da Corrida de São Silvestre, faz os treinamentos de véspera para provas brasileiras em Santa Bárbara DOeste (SP).
De pequena estatura e tímida nas entrevistas, diz não haver segredo para o bom desempenho na Maratona de Curitiba, além dos dois treinos diários. "Gosto da parte final da prova, depois do km 35 [antes do Viaduto do Capanema]. Mas o percurso é sempre difícil, mesmo com as mudanças", falou.
No masculino, completaram o pódio o mineiro João "Gari" Marcos Fonseca, em segundo lugar, e o paulista Adriano Bastos, campeão em 2006. No feminino, a terceira colocada foi a gaúcha Luciana Beatriz de Lima da Luz.
Na categoria para cadeirantes, o vencedor foi Jaciel Antônio Paulino, em 2h18min7s, seguido de Carlos Neves de Souza e Eduardo Aparecido de França. Na prova de 10 km, venceu, no masculino, Antônio Pedro da Silva Sales, que completou o percurso em 31min8s, seguido de Marcos Antônio Capistrano e Sérgio Rodrigues da Silva. Entre as mulheres, a campeã foi Elizângela Ferreira de Oliveira, com o tempo de 37min37s; a vice-campeã foi Elizabeth Esteves de Souza e a terceira colocada, Roseli Mateus.
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