Era para começar em março, mas a bola ainda não rolou para o Campeonato Paranaense Juvenil. O motivo para o atraso é um imbrógliojurídico envolvendo Federação Paranaense de Futebol e o Clube Atlético Nacional.
A confusão começou em janeiro, quando o presidente da FPF determinou uma mudança no regulamento da competição. Ficou estabelecida uma divisão: equipes com categoria profissional disputariam o Estadual, enquanto que equipes amadoras, sem time profissional, disputariam uma competição à parte.
"A disputa era desigual. Times profissionais jogando com clubes amadores não fazia sentido. Não servia para os clubes profissionais prepararem seus jogadores, e também era ruim para os amadores que perdiam de goleada", justificou a alteração Hélio Cury, presidente da FPF, em entrevista à Gazeta do Povo.
Sob a alegação de ter sido prejudicado pela medida de Cury, o Clube Atlético Nacional, que sempre participou do Juvenil, tentou impedir a divisão do campeonato, ingressando com uma ação na esfera desportiva. Sem sucesso, o clube pediu direito adquirido na Justiça Comum e conseguiu, enfim, impedir o início do campeonato no formato idealizado pela FPF.
"Se a Federação quiser realizar a competição, terá de colocar o Nacional. O que foi feito foi um ato ilegal e arbitrário do presidente Hélio Cury", protestou José Francisco Cûnico Bach, presidente do Nacional, em entrevista à Gazeta do Povo.
Com ou sem Nacional, todos os clubes, amadores ou profissionais, estão sem calendário. Por causa disso, na semana passada uma reunião, no Centro de Treinamento do Atlético-PR, discutiu o futuro da categoria. A opinião de consenso é de que as equipes não podem ficar paradas por causa do impasse judicial. Um das saídas encontradas seria a realização de partidas amistosas para movimentar as equipes. "A idéia é sugerir, conjuntamente à Federação, uma alternativa de competição para a equipe Sub-17. Todos esses atletas estão só treinando e precisam jogar", lembrou Ricardo Drubscky, coordenador da categoria de base do Atlético, em entrevista ao site oficial do clube.
Embora os clubes tenham manifestado o interesse em apoiar as medidas da Federação, Cunico Bach garante ter aprovação dos profissionais para a realização do Estadual Juvenil com a inclusão do Nacional. "Os clubes querem jogar, não podem ficar parados. Todos já concordaram na realização do campeonato com a inclusão dos clubes amadores. Seria uma decisão inteligente para movimentar e revelar jogadores. Não apenas o Nacional seria beneficiado, mas também clubes tradicionais de base como Trieste e Novo Mundo", afirmou o dirigente.
Em menos de um ano, esse pode ser o segundo Campeonato Estadual paralisado. Em 2009, também por causa de ação do Clube Atlético Nacional, a categoria Infantil ficou sem campeão.
A equipe de Cûnico Bach reclamou na Justiça que jogadores do PSTC eram "gatos" (estariam acima da idade limite para participar do Paranaense Infantil). A última rodada do quadrangular decisivo, prevista para outubro do ano passado, não saiu. Laranja Mecânica x PSTC e Coritiba x Atlético não se enfrentaram, o campeonato não terminou e a ação continua correndo na Justiça.
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