Imbróglio não ameaça início do Paranaense

A ameaça de a primeira rodada do Parana­ense não ocorrer no fim de semana está praticamente descartada. O presidente do STJD, Rubens Approbato, não deve conceder liminar sobre a ação do Arapongas antes do julgamento do caso, possivelmente na quinta-feira que vem. Mesmo assim, o assunto está longe do fim.

O clube do Norte do estado pleiteia a vaga do Operário na Série Ouro como vice-campeão da Di­­visão de Acesso do ano passado. Ou, ainda, que a competição tenha um 15.º participante em 2010.

A intenção é caracterizar o segundo WO do AFA (de Umuara­­ma, mas representou Foz do Iguaçu na Segunda Divisão), eliminando a equipe mambembe do torneio e anulando todos seus resultados. Fato que deixaria os araponguenses à frente do Fan­­tasma pelos critérios de desempate no hexagonal final (o regulamento é confuso nesse item).

Na última rodada, o AFA, que já não havia comparecido à partida com o Roma, enfrentou o Ara­­pon­­gas com sete jogadores irregulares. O representante do Norte tenta provar que houve uma ação deliberada para que o jogo saísse.

"Nossa tese é que houve uma manobra para prejudicar o Ara­­pongas. Foi um ato ilegal, burlaram as regras", afirma o advogado araponguense Nixon Fiori.

No entanto, apesar do despacho inicial do procurador Caio Pompeu ter mostrado que existiu "aparente irregularidade", a tese não encontra o mesmo entendimento no tribunal.

"O que ocorreu aparentemente foi uma fraude. Mas não me parece que caracterize um abandono (WO). Não sei como o tribunal se posicionará", comenta o procurador-geral do STJD Paulo Schmitt.

Hoje ocorre uma sessão extraordinária no Pleno do STJD (que está em recesso), no Rio, mas nenhuma das 17 pautas refere-se ao imbróglio paranaense. De acordo com Schmitt, o caso só não será julgado hoje por precipitação do Arapongas. "Eles atravessaram uma petição. Isso impediu de entrar na pauta", afirma. "Nossa petição não estava tendo cumprimento. Por isso fizemos mais esse requerimento na sexta", explica Fiori, antes de viajar para o Rio, onde acompanhará o andamento do processo, ainda na esperança de adiar a primeira rodada.

Para o Arapongas, as decisões do arbitral sobre o Paranaense estão suspensas até o julgamento do recurso por uma liminar concedida pelo STJD no dia 12 de novembro. No entanto, as outras partes (Operário e FPF) entendem que a medida perdeu o efeito após o julgamento na esfera local. Em 3 de dezembro, o Arapongas foi derrotado por 5 a 0 no TJD paranaense.