Sarah Jessica Parker| Foto: AFP

Três imóveis desapropriados por causa das obras na Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 começaram a ser demolidos na quinta-feira (13). Dois deles estão localizados na Rua Buenos Aires e um na Rua Brasílio Itiberê. Outros dois serão desocupados até o final do mês e, assim que isso ocorrer, também serão derrubados.

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Ao todo, 16 terrenos vizinhos ao estádio do Atlético foram incluídos no projeto. Destes, os proprietários de 12 entraram em acordo com a prefeitura de Curitiba para a desapropriação.

"As coisas estão caminhando, dentro da maior legalidade possível", afirma Luiz de Carvalho, secretário municipal para Assuntos da Copa.

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Os quatro restantes optaram por discutir a saída do imóvel na Justiça. Isso não quer dizer que os proprietários poderão permanecer no local. A via judicial foi tomada para contestar os valores de indenização que foram atribuídos pelo município para a transmissão de posse dos terrenos.

No dia 11 de junho o Tribunal de Justiça do Paraná indeferiu em primeira instância liminar a favor dos moradores. Os clientes ainda aguardam o julgamento em primeiro grau de um mandado de segurança contra o decreto que prevê as desapropriações, bem como o julgamento – este em segundo grau – da decisão que indeferiu a liminar. Há ainda três ações de desapropriação esperando avaliação judicial.

Contrapartida

O município gastará cerca de R$ 12,5 milhões nas desapropriações dos terrenos ao redor da Arena. O valor, no entanto, deve ser ressarcido pelo Atlético na forma de imóveis equivalentes a 6.300 m² até dezembro de 2014.

No primeiro convênio não estava bem explicado qual seria a contrapartida do clube, que terá os espaços incorporados ao seu patrimônio. Somente atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR), Rubro-Negro e prefeitura assinaram um novo acordo em junho aumentando a compensação pela desapropriação dos 16 terrenos.

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A medida foi tomada depois que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) emitiu parecer favorável ao posicionamento de seis proprietários que impetraram mandado de segurança na Justiça solicitando a anulação do decreto municipal de desapropriação. O parecer não é vinculante à ação, ou seja, só tem valor opinativo.