Quatro anos depois o Paraná Clube finalmente poderá disputar uma final de Campeonato Paranaense. Com a vitória de 3 a 0 sobre o Rio Branco na noite desta quarta-feira, o Tricolor confirmou a melhor campanha entre os 16 times que iniciaram a disputa deste ano, e chega à grande final do Estadual como favorito ao título de 2006.
Numa noite inspirada, o Paraná apresentou um futebol de alto nível e foi melhor durante os 90 minutos. Todos os setores do time foram impecáveis e apontar algum jogador que não esteve bem seria no mínimo injusto. O goleiro Flávio foi pouco acionado, mas quando o time precisou, o Pantera fez belas defesas.
Mas o grande destaque foi realmente o sistema criativo, além, é claro, do artilheiro Leonardo, que marcou os dois últimos gols do Paraná. Maicossuel e Sandro autor do 1.º gol paranista - comandaram e cadenciaram o jogo.
O técnico Luiz Carlos Barbieri armou um time no esquema 3-6-1, mas como sempre gosta de falar, a tática migrou para o 3-4-3 e os gols e jogadas fluíram bem. Já o técnico Itamar Bernardes tentou, mas não conseguiu segurar o Paraná.
Agora o Tricolor disputará a final contra a Adap, que na tarde desta quarta-feira eliminou o Coritiba. Os jogadores e a diretoria estão focados no título, para tentar recuperar a hegemonia que o time teve nos anos 90. Além disso, o clube voltaria a erguer a taça oito anos após a última conquistada.
Primeiro tempo
O Paraná começou o jogo dominando grande parte das ações ofensivas. Bem disposto e com o condicionamento físico excelente, os jogadores paranistas correram e preencheram todos os espaços do gramado. O Rio Branco, um pouco tímido, apenas assistiu o Paraná jogar nos primeiros 20 minutos de jogo.
E essa superioridade era facilmente percebida. Maicossuel, o maior destaque na vitória do primeiro jogo por 2 a 1 quando marcou os dois gols paranistas chegou com perigo logo aos 10 minutos. Já aos 15 minutos, os jogadores reclamaram um pênalti não marcado. Porém, o árbitro Héber Roberto Lopes mandou o jogo seguir.
Na primeira chance que teve, o Rio Branco chegou com perigo. Ratinho, que recebeu a bola de Clênio, acabou perdendo o gol cara-a-cara com Flávio. Na segunda chance Cleumir chutou forte de fora da área para grande defesa do Pantera paranista. Os torcedores, 11,735 no total, compareceram em bom número ao Pinheirão e apoiavam o time a todo instante.
Melhor em campo, aos 24 minutos o Paraná abriu o placar em jogada polêmica. O goleiro Vilson, último jogador no lance, fez uma falta providencial próxima à grande área em cima do meia paranista Maicossuel. Ao invés de expulsa-lo, o árbitro Héber Roberto Lopes mostrou apenas cartão amarelo gerando vaias da torcida e reclamações da comissão técnica. Na cobrança da falta, Sandro colocou a bola com categoria no ângulo do goleiro Vilson.
O resultado facilitava a vida do Paraná que só perderia a vaga se tomasse dois gols do adversário, que por conseqüência levaria o jogo para os pênaltis.
Aos 42 minutos do 1.º tempo o Tricolor ampliou o placar e complicou ainda mais a vida do Rio Branco. Depois de evitar o gol do adversário momentos antes, quando tirou a bola em cima da linha, Leonardo armou o contra-ataque paranista. Na seqüência da jogada, Sandro deu o passe para Leonardo que driblou a marcação, o goleiro e tocou para as redes do time parnanguara. Final de 1.º tempo.
Segundo tempo
Para os 45 minutos finais e decisivos, o técnico Itamar Bernardes tentou reverter a situação adversa colocando o atacante Negreiros no lugar de Clênio e Fernando na vaga deixada por Dudu. Satisfeito com o desempenho de sua equipe, Barbieri preferiu não fez nenhuma mudança.
Mesmo com as mudanças feitas, o time do Rio Branco não conseguiu "pegar" o domínio do jogo para si. O perigo de gol sempre rondava as redes defendidas por Vilson, enquanto Flávio era mais um espectador do jogo. A vantagem paranista, com o passar do tempo, ficou confortável, e os jogadores passaram a administra-la.
Com fôlego de sobra, o Paraná quase marcou o 3.º gol na partida. Aos 22 minutos do segundo tempo, em jogada de habilidade, Maicossuel foi empurrado dentro da grande área adversária e o pênalti foi marcado. Ele mesmo, Maicossuel, partiu e chutou no canto esquerdo do goleiro Vilson. Mas o camisa 1 do Rio Branco saltou e espalmou para longe.
O terceiro gol paranista veio aos 38 minutos do 2.º tempo. A torcida foi ao delírio quando Beto matou a bola no peito e chutou de bicicleta para a grande defesa do goleiro Vilson. No rebote, Leonardo tocou para as redes, marcou seu 2.º gol na partida e garantiu a classificação do Paraná para a grande final do Paranaense 2006.
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