As semelhanças entre o Coritiba de 2006 e o atual não param no discurso da diretoria, nos resultados e na revolta contra o presidente Giovani Gionédis. A Império Alviverde, maior organizada do Coxa, repete o mesmo comportamento de um ano atrás.
No início da noite de ontem, a facção publicou em seu site uma lista de dispensas exigindo a saída imediata de nove jogadores, do técnico Guilherme Macuglia e do olheiro Will Rodrigues. De acordo com a nota, outros quatro nomes terão de render mais para não aparecer em listas futuras (leia a relação ao lado).
A atitude lembra o que ocorreu na Série B do ano passado. Quando o time começou a ter queda de rendimento a organizada passou a ser recebida por dirigentes, teve contato com os jogadores, entregou listas de dispensas e, por fim, recebeu a equipe com violência no aeroporto após a derrota por 2 a 0 para o Ceará.
Apesar destes acontecimentos, a direção coxa-branca promete receber qualquer manifestação de torcedores do clube. Entretanto, de acordo com o coordenador de futebol João Carlos Vialle, nem tudo que é pedido será atendido.
"A torcida tem razão e merece respeito. Toda a manifestação será recebida com carinho, mas isso não quer dizer que tudo o que eles querem será acatado", diz o dirigente.
A facção promete protestos antes e após os jogos do time caso os pedidos não sejam atendidos. Só que sempre sem violência e nunca enquanto o Coritiba estiver em campo.
"Durante os jogos vamos apoiar sempre, mas antes e depois vamos protestar", adverte o presidente da organizada, Luiz Fernando Corrêa, o Papagaio.
Segundo Papagaio, o protesto foi feito já na manhã de ontem em contato telefônico com um membro da direção executiva do clube, cujo nome foi mantido em sigilo.
"Nossa manifestação é a que saiu no site. Temos certeza de que os nove integrantes da direção executiva sabem das nossas solitações", resume Corrêa.
Por enquanto, a cúpula do futebol do Alto da Glória não admite mudanças no trabalho que está sendo desenvolvido. Porém, o jogo de amanhã, contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, pode encerrar a passagem de muita gente pelo clube. "Após esse jogo de quarta-feira (amanhã) o trabalho de todos será avaliado", afirma Vialle.
Por ora, pelo menos um dos pedidos da torcida não deve ser atendido: a queda de Macuglia.
"Ele não chuta na trave, não perde gol, trabalha muito e é honesto. Se não estivesse satisfeito com ele já teria dispensado", revela.
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