Símbolo da raça, Leandro Donizete se destaca também por dar passes precisos para os companheiros| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Top 5

Leandro Donizete fala sobre os seus jogos inesquecíveis com a camisa do Coritiba.

Atlético 2 x 4 Coritiba 26/4/2009

"O pessoal [Atlético] já estava achando que ia ser campeão em casa, em cima da gente, que estava fácil. O professor René [Simões] assumiu naquela partida, e fizemos um grande jogo. Não vencemos o campeonato, mas a vitória foi muito importante."

Coritiba 2 x 0 Atlético 18/4/2010

"Foi uma grande festa. Me lembro de muita gente no estádio para comemorar o título em casa, que é algo muito bom. A imagem do gol do Geraldo marcou naquele jogo."

Coritiba 0 x 1 Santos 5/8/2009

"Foi aquele jogo da gripe [quando máscaras foram distribuídas nas arquibancadas], em Cascavel. Acabei levando uma pancada do Ganso e perdi três dentes. Ainda fiquei jogando por 25 minutos com a boca estourada e muita dor."

Coritiba 1 x 0 Internacional 4/6/2009

"Ganhamos o jogo e por pouco não passamos para a final da Copa do Brasil. A festa da torcida foi inesquecível."

Coritiba 5 x 0 Flamengo 14/6/2009

"Não dava nem para sair de casa de tanta cobrança. Aí veio essa vitória. Dei o passe para o gol do Ariel contra o time que viria a ser campeão brasileiro."

CARREGANDO :)

Seja três anos atrás, quando chegou ainda desconhecido da Ferroviária de Araraquara, ou no próximo domingo, contra o Corinthians-PR, quando completará 150 jogos com a camisa coxa-branca. O volante Leandro Doni­zete é sempre o mesmo: a raça dentro de campo.

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Na definição de muitos torcedores, um guerreiro, que, se preciso for, dá até o sangue pelo clube que defende. Mais do que peça fundamental para a equipe, um ídolo presente nos principais momentos da história recente do Alviverde.

Ao lado de Jéci e Édson Bastos, o meio-campista, que completa 29 anos em maio, viveu altos e baixos no clube. Foi campeão estadual em 2008, mas também participou da dura realidade do rebaixamento nacional no ano seguinte. Ajudou a reerguer o time com a conquista de mais um Paranaense e o retorno à elite na temporada passada.

Nesse período, conquistou a torcida sem precisar marcar dezenas de gols. Fez apenas três. Marca­­dor implacável dos adversários, conta com uma saída de jogo invejável. A dedicação bélica, porém, é o principal motivo para ser o único do elenco atual que ganhou dos torcedores uma faixa em sua ho­­menagem.

"É uma emoção muito grande, cara. Estou começando meu quarto ano aqui e sou lembrado com uma bandeira no estádio, algo que normalmente é feito para jogadores que passaram muito tempo no clube. É um reconhecimento ba­­ca­na demais", conta o volante, que ain­­da reluta em se definir como ídolo coxa.

A estreia ocorreu em 14 de fevereiro de 2008, contra a Tuna Luso, pela Copa do Brasil. Indicado pelo então técnico Dorival Júnior, que já havia tentado sua contratação quando comandava o Cru­­zei­­ro, Donizete veio de graça após cin­­co anos em Araraquara. Já no segundo duelo ganhou espaço. "Acabei entrando bem em um jogo pelo Paranaense contra o Cianorte. Fiz um gol e aí me firmei", lembra ele, que conta com 133 jogos como titular e 16 como substituto.

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Apesar de ter recebido ofertas para deixar o Alto da Glória, preferiu ficar. Em janeiro, renovou contrato por mais três anos para "ganhar títulos importantes", diz.

Aspectos que o tornaram "im­­pres­­cin­­dível", na definição de ex-jo­­gadores e dirigentes. "Ele é peça fundamental no Cori­­tiba. Superou todas as expectativas que tínhamos quando chegou", aponta o presidente Jair Cirino. "É um Re­­ginaldo melhorado. O cara mais regular da equipe. Jogador de confiança, que pode não aparecer muito, mas é extremamente im­­portante para o técnico", concorda Reginaldo Nasci­­mento, fa­­zendo a autocomparação. Ex-capitão coxa, Nascimen­­to tem mais de 300 jogos em oito anos de clube.

Copa do Brasil

O Coritiba vai receber o Caxias, na próxima quinta-feira, às 20h30, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo de volta está marcado para o dia 27, em Caxias do Sul.