Dinélson formará a linha de frente com Hernane hoje contra o Náutico na Vila Capanema| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Tapetão

Julgamento é adiado

O julgamento do Rio Branco – pela escalação irregular do jogador Adriano no Es­­tadual –, que pode salvar o Paraná do rebaixamento, foi adiado de ontem para segunda-feira. O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), Peterson Morosko, acatou o pedido do advogado do clube parnanguara, Domingos Moro, que apresentou dois atestados médicos de que estava sem voz. "Não traz prejuízo desportivo. É apenas um dia útil de diferença", explicou Morosko. O Rio Branco já havia sido julgado pelo TJD, que aplicou multa de R$ 27,5 mil, mas não tirou os 22 pontos em questão. Depois o Paraná conseguiu o direito de participar como terceiro interessado, em deci­­são do Superior Tri­­bunal de Justiça Desportiva (STJD), que devolveu o processo à instância estadual.

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Sem vencer há quatro partidas, o Paraná precisa urgentemente de um triunfo hoje, contra o Náutico, na Vila Capanema, a partir das 20h30, para continuar sonhando com um acesso no fim do ano. E, em meio a críticas e pressão, o Tri­­color terá de resolver um problema crônico: a falta de pontaria do time.

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A temporada paranista tem se caracterizado pela falta de gols. Até o momento, o time balançou a rede 61 vezes em 50 partidas (mé­­dia de 1,22). Na Série B, foram 30 gols em 24 rodadas – o setor ofensivo só é superior ao de Du­­que de Caxias (19), Vila Nova (23), Salguei­­ro (25), Criciúma (25) e Boa (26). Em apenas duas oportunidades nesta Segunda Divisão a equipe marcou mais do que dois gols em um jogo (3 a 1 no Duque e 3 a 0 no Goiás).

Crise que pode ser explicada pela falta de um camisa 9 confiável. Quem mais deu resultado até agora é Giancarlo, artilheiro do time com cinco gols. Contestado por parte da torcida, o ex-jogador do Cianorte perdeu a titularidade para Hernane, que também não convenceu. O jogador chegou com status de goleador, emprestado pelo São Paulo, mas em oito jogos, balançou a rede uma única vez.

O rodízio já contou com Bo­­re­­bi, Léo, Kelvin e Ricardinho, entre outros, sem que ninguém se firmasse como titular.

A deficiência chamou a atenção do técnico Guilherme Macu­­glia, contratado no início da semana passada. "Os jogadores estavam um pouco ansiosos e acabaram perdendo alguns gols. In­­ten­­sificamos os trabalhos de finalização para dar mais se­­gurança a eles", explicou o treinador, que testou uma nova li­­nha de frente du­­rante a semana, com o meia-ata­­cante Di­­nél­­son, outro com pouco tempo de ca­­sa, ao la­­do de Her­­nane – a dupla en­­cara hoje o Náutico.

"Fazia muito tempo que eu não tinha uma sequência de três jogos seguidos. Espero voltar a ter boas atuações que o gol vai ser consequência", afirmou Dinélson.

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Em busca de uma solução para a escassez de gols, Macuglia mexe também no meio de campo. O lateral-esquerdo Henri­­que, que entrou bem contra o Goiás, segue improvisado no setor, ao lado de Douglas Pac­­ker, Maycon Freitas e do estreante Itaqui. "O Henrique é um jogador voluntarioso, que ajuda na marcação, chega bem ao ataque e dá mais liberdade ao Di­­nél­­son", analisou o técnico.

Quem desembarcou ontem na Vila foi o zagueiro Édson Rocha, 29 anos, ex-Caxias. Já outro defensor, Brinner, interessa a times de São Paulo e pode deixar o Tricolor.

Ao vivo

Paraná x Náutico, às 20h30, no tempo real da Gazeta do Povo (www.gazetadopovo.com.br/esportes).

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