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Mercado
O zagueiro Fabrício, do Flamengo, foi oferecido ao Atlético. A diretoria, porém, aguarda uma resposta do técnico Antônio Lopes. O Delegado usará a semana sem rodada intermediária para avaliar o elenco existe a possibilidade de o clube voltar ao mercado para buscar um defensor e um meio-campista. Fabrício, reserva no Rubro-Negro carioca, foi um dos destaques do Paraná no ano passado. O zagueiro passou a temporada na Vila Capanema emprestado.
Desfalques
O Atlético não terá o goleiro Galatto na partida do próximo domingo, contra o Barueri, na Arena. O camisa 1 levou o terceiro amarelo por retardar a reposição de bola no confronto com o Botafogo (triunfo atleticano por 1 a 0). Porém, o time deve contar com os retornos de Rhodolfo e Alex Mineiro, recuperados de contusão.
No Atlético, Nei já foi lateral-direito (sua posição de origem), lateral-esquerdo, volante, meia e até goleiro. Agora, mudou de novo. Nem a baixa estatura (1,75 metro) impediu o jogador de virar zagueiro para se ter uma ideia, o colega Rhodolfo é 18 centímetros mais alto. Mesmo assim, ele virou a referência do sistema com três defensores, que na vitória de sábado sobre o Botafogo (1 a 0) foi representado também pelos pratas da casa Manoel e Chico.
Nei ajudou a estabilizar a zaga rubro-negra, ponto de desequilíbrio do time na primeira parte do Brasileiro, quando os resultados negativos teimavam em acompanhar a equipe. Há três rodadas, coincidentemente após a substituição de Waldemar Lemos por Antônio Lopes, o Furacão não sabe o é que sofrer gol. A forte marcação ajudou o clube a conseguir três vitórias seguidas, sair da zona de rebaixamento e a encostar no grupo da Sul-Americana.
Tudo isso com o baixinho infiltrado no meio da defesa. O que, de acordo com Lopes, não deve mudar nas próximas rodadas. "O Nei soube sobrar (atuar como líbero), fez muito bem a marcação. Saiu quando tinha que sair e sobrou quando tinha que sobrar", comenta o Delegado. A alteração tática abre espaço também para o treinador escalar Raul, um dos ídolos da torcida, na ala.
A nova função, porém, não agrada a Nei. O jogador quer mesmo é brigar pela camisa 2. Mas como ordens são ordens e o Atlético passou a se dar bem com a formação, não será ele a contestar as ordens do técnico. Pelo contrário. "Não sou muito fã de jogar de zagueiro, mas quando o treinador achar que eu devo atuar ali, vou fazer o meu papel. Estou acostumado a jogar de lateral. Lá atrás eu fico impedido de sair", ressalta. "Deus me deu o dom da versatilidade, tenho de aproveitar", emenda.
Nei sabe que o deslocamento de função não é o maior dos problemas. O ala sofreu mesmo ao ficar afastado do time por quase um ano. Em agosto do ano passado, o jogador machucou gravemente o joelho direito. Duas cirurgias depois, voltou aos gramados em julho, no triunfo por 3 a 2 sobre o Internacional. Reencontro emocionado, com direito a aplausos da torcida e choro, muito choro. "Que continue dando certo", diz ele, sem esconder a felicidade de quem pode fazer o que mais gosta. Mesmo que não seja na posição ideal.