| Foto: Sossella

"Pereirazo". Assim ficará conhecida a noite de 16 de novembro de 2007 para a torcida do Coritiba. Foguetório, gritos de campeão, 43 mil pessoas empurrando o Coritiba contra o modesto Marília. Era só vencer que a distância em pontos para o Ipatinga se tornaria insuperável e assim, as discussões nos botecos seriam só sobre a estrela de prata.

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Mas antes de tudo isso era preciso jogar, correr, vencer. E parece que o Coxa esqueceu que teria um rival pela frente (e esse rival vestia um azul claro, como o Uruguai de 50).

A derrota por 3 a 2 faz o time de René Simões precisar torcer, hoje, para o vice-líder Ipatinga cair diante do São Caetano, em Minas Gerais.

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Se os mineiros ganharem, a decisão do título ficará para a última rodada. O Verdão pega o Santa Cruz no Recife – ameaçado de rebaixamento – e só depende de si. O Ipatinga irá enfrentar o Paulista, também candidato à Terceirona, em Jundiaí.

Entretanto, mesmo que a taça ainda vá para o Couto Pereira, o sentimento não será o mesmo. Afinal, a festa estava preparada desde as primeiras horas da tarde de ontem, quando o anúncio do fim dos ingressos confirmava o clima de euforia que tomaria conta da noite do Alto da Glória (foram 43.649 presentes e 38.649 pagantes, o maior público desta edição da Série B).

Só que o convidado desconhecido, intruso e mal-vindo resolveu estragar tudo. O MAC encarnou um espírito guerreiro e de bom futebol incomum para quem não tinha mais chance de nada no campeonato.

A praga da pior espécie aplicada ontem pela equipe paulista fez o Alviverde tomar gol com menos de um minuto de jogo (aos 50 segundos, marcado pelo ex-paranista Vicente, mais para Ghiggia).

Se não bastasse o prejuízo no placar logo após o apito inicial, Keirrison e Douglas Silva, dois titulares absolutos, saíram machucados logo no começo da etapa final.

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Por fim, o "efeito MAC" causou uma transformação dolorida para os coxas-brancas. O goleiro Vizzoto, velho conhecido que cansou de falhar quando defendia o Verdão durante o rebaixamento de 2005, resolveu pegar tudo na meta adversária.

A tristeza do "Pereirazo" vai ficar na garganta e na cabeça por um bom tempo. Longo, se o Marília não subir para a Série A nos próximos anos – que fique registrado.

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Em CuritibaCoritiba 2 x 3 Marília

CoritibaÉdson Bastos; Henrique, Anderson Lima e Jéci; Túlio, Douglas Silva (Veiga), Pedro Ken, Ricardinho e Fabinho; Keirrison (Edmílson) e Hugo (Ígor). Técnico: René Simões.

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MaríliaVizotto; Montoya (Gum), Leandro Camilo e Fábio Recife; Bruno Ribeiro, João Vítor (Diego), Hernani, Camilo e Vicente; Fabiano Gadelha (Wellington Silva) e Wellington Amorim. Técnico: Jorge Rauli.

Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Edílson Ramos da Mata (MT). Gols: Vicente (M) aos 50/1.º, Ricardinho (C) aos 13/1.º; Bruno Ribeiro (M) aos 19/2.º, Ígor aos 28/2.º e Wellington Amorim (M) aos 39/2.º. Amarelos: João Vítor, Montoya e Hernani (M); Anderson Lima (C). Vermelho: Leandro Camilo (M). Renda: R$ 746.520. Público: 38.689 pagantes (43.649 total).