Time
Visado, time tentará surpreender
Apesar da constante movimentação ofensiva do Coritiba, os jogadores sabem que o time está visado e terá de apresentar novas alternativas a partir do jogo de domingo contra o Operário, pela primeira rodada do segundo turno do Estadual.
"Vai ser um jogo difícil. O Operário foi segundo [colocado]. Todos sabem como o Coritiba joga e a comissão técnica busca variações. Vamos tentar surpreender os adversários. Nós temos jogadores que sabem fazer diferentes funções", disse o lateral-esquerdo Eltinho à Rádio 98 FM.
O time titular voltará a campo após ser poupado da viagem a Cianorte, para o jogo da última rodada do primeiro turno. "Os três dias de folga foram importantes para descansar e recuperar o contato com a família", acrescentou Eltinho.
Felipe Ximenes, superintendente de futebol do Coritiba, refuta a ideia de que é essencial para o clube onde trabalha desde 1.º de maio de 2009. O mineiro de 43 anos diz que é apenas um agente facilitador para os 80 funcionários e 208 atletas sob o seu comando em sete áreas diferentes. Quem está acima no organograma coxa-branca, no entanto, garante que a influência dele no Alto da Glória é bem maior.
"Grande parte do projeto do Coritiba vem do conhecimento dele", aponta Ernesto Pedro, integrante do G9. "É nosso grande expert", concorda o presidente Jair Cirino. "Tudo no futebol passa por ele", emenda o vice Vilson Ribeiro de Andrade.
Os elogios, que partem de dirigentes, atletas e empresários do mundo da bola, estão longe de modificar o comportamento de Ximenes. Desde quando estreou como gestor, no Cabofriense-RJ, há seis anos, ele prefere passar despercebido. Tudo para que os profissionais a quem serve, como o próprio diz, sigam no caminho certo.
As responsabilidades não são poucas. Além de estar sempre atento ao mercado e definir, em conjunto com comissão técnica e diretoria, possíveis contratações, ele observa de perto os departamentos de futebol profissional, médico, físico, de fisioterapia, de psicologia, de nutrição e as categorias de base.
"Penso que sou a ponta de uma pirâmide invertida. Gosto de me posicionar nos bastidores e dar segurança para que todos desempenhem suas funções", conta ele, que já passou por 11 clubes entre eles Atlético-MG, Cruzeiro, Vasco, Botafogo, São Caetano, Náutico e Fluminense.
Sua influência vai além. Até em setores nos quais não tem relação direta, também já atuou. Caso do acordo de patrocínio com o Banco BMG, cujo dono foi presidente do Galo mineiro na mesma época em que Ximenes ainda trabalhava em seu estado natal.
"O patrocínio veio através dele. Ele tem amizade forte com o Ricardo Guimarães [presidente do banco] e nos ajudou", lembra Homero Halila, ex-coordenador de futebol alviverde, um dos responsáveis pela vinda do mineiro para Curitiba.
Sua permanência no Alto da Glória, porém, esteve ameaçada antes do rebaixamento para a Série B. Ainda mais depois que João Carlos Vialle foi chamado para fazer a mesma função. Foi aí que o presidente Cirino interveio. "Fiz dele meu assessor, porque tinha absoluta certeza da competência. Mantê-lo foi um grande acerto", comemora, enquanto rasga outros elogios. "Com certeza ele não teve culpa [pela queda]."
Quando foi procurado pelo Grêmio, no ano passado, Ximenes ganhou de vez a admiração dos dirigentes do Alviverde. "Ele tinha todo o direito de ir, mas foi muito ético. Achava que o trabalho estava pela metade", conta Pedroso. "Não quero banalizar essa função e virar objeto de disputa", argumenta Ximenes, evitando o assunto.
A cobrança é grande. "Quanto mais autonomia, mais responsabilidade. E eu mesmo me cobro muito diariamente", diz o superintendente, formado em Educação Física, com mestrado em Educação.
Ximenes compila em um programa de computador os dados que recebe de todas as áreas. Informações cruciais para, por exemplo, renovar contrato ou não com um atleta. Para poder cobrar deles, a receita é simples. "A minha prática tem de ser igual ao meu discurso".
-
Escola Sem Partido: como Olavo de Carvalho, direita e STF influenciaram o fim do movimento
-
Igreja e direita francesa criticam cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos
-
“Quando Maduro fala é crítica, quando eu falo é crime?”, diz Bolsonaro após ditador questionar urnas
-
Dois cientistas católicos históricos que vale a pena conhecer
Deixe sua opinião