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 | Fabrice Coffrini/ AFP
| Foto: Fabrice Coffrini/ AFP

Joseph Blatter, presidente da Fifa, após sofrer com denúncias de corrupção na entidade máxima do futebol, agora tem o racismo como uma ameaça à sua carreira. Uma declaração do dirigente quarta-feira na TV gerou grande polêmica, em especial na Inglaterra, país onde o cartola tem sido mais cobrado.

Blatter sugeriu que ofensas ra­­cistas em campo poderiam ser rapidamente esquecidas com um aperto de mão. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a sugestão de Blatter foi "terrível". Já o ministro dos Espor­­tes do Reino Unido, Hugh Robert­­son, disse que Blatter precisa sair [da Fifa] "pelos interesses do esporte".

"Esse é o mais recente caso que nos leva a questionar se este homem deve estar à frente do futebol mundial. Pelos interesses do jogo, ele deveria sair", disse Ro­­bertson.

A União Europeia, por intermédio de seu porta-voz, Dennis Abbott, considerou a declaração como "completamente inaceitável".

Andrew Cole, ex-atacante do Manchester United, da seleção inglesa e negro, escreveu em sua coluna que o presidente da Fifa foi "burro" e um "bufão sem relações".

Algumas outras declarações de Blatter já tinham gerado certa polêmica. Ele sugeriu que as jogadoras de futebol usassem calções mais curtos e que torcedores gays deveriam evitar sexo durante a Copa de 2022 no Qatar.

Agora, o cartola se diz "mal in­­terpretado" – via Twitter. "Quis dizer que, durante uma partida, os jogadores têm batalhas com seus oponentes e às vezes as coisas saem mal."

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