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Pelo menos antes da "arriscada" viagem para assistir à final da Copa Libertadores da América – hoje, às 21h45, contra o São Paulo, na capital paulista – os torcedores do Atlético tiveram momentos de tranqüilidade para adquirir os ingressos que garantem vaga na decisão. Dos 2 mil bilhetes colocados à venda para os rubro-negros, 1.023 foram vendidos. O restante será comercializado hoje, a partir das 8h30, na sede administrativa do clube (na Arena, com entrada pela rua Petit Carneiro).

Ontem a movimentação foi abaixo da esperada. Quando os guichês foram abertos (às 13h30, 30 minutos antes do previsto, por questões de segurança) já havia aproximadamente 300 pessoas na fila. Porém, a impressão de que as entradas se esgotariam rapidamente não se confirmou.

Como a procura não era das maiores, ao contrário do anunciado pelo clube, foram permitidos dois ingressos por cabeça. Na terça-feira, a diretoria atleticana havia informado que cada pessoa poderia comprar apenas um bilhete. Com a segurança reforçada, não houve registros de distúrbios.

"Foi bem calmo para comprar o ingresso. Espero que seja assim também na viagem. Tomará que a nossa segurança esteja preparada. Estou um pouco preocupado, pois não vou com nenhuma excursão, apenas reuni um pequeno grupo de amigos para irmos juntos de avião", contou o estudante Marcelo Rezende, de 22 anos.

A segurança é mesmo a principal preocupação dos atleticanos, que estarão em imensa minoria na casa do adversário. Dos aproximadamente 75 mil bilhetes vendidos, apenas dois mil esperam pela vitória paranaense.

"O jeito é não ir caracterizado e não ficar fazendo folia do lado de fora do estádio. Vale a pena correr o risco de ir até lá. Afinal, em 81 anos de história o clube nunca havia chegado em uma decisão tão importante", comentou o administrador de empresas Fabiano Breda, de 34 anos.

O maior comboio de rubro-negros rumo ao Morumbi será o da torcida Os Fanáticos. Serão 20 ônibus levando perto de mil pessoas para a decisão. A saída do grupo ocorre às 9 da manhã, em frente à sede da facção, ao lado da Arena. Na chegada em São Paulo, a Polícia Militar escoltará os torcedores da entrada da cidade até o Morumbi.

"Nunca perdemos no grito e na empolgação para ninguém. Não será nessa final que vamos perder. Apesar da grande diferença no número de pessoas vamos fazer a festa", disse o funcionário público Edimar Barbosa, de 26 anos.

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