Anderson Aquino está se sentindo em casa no Paraná. Muito mais do que se sentia no Atlético. Emprestado pelo Rubro-Negro ao Tricolor até dezembro mesma data do fim de seu vínculo com o rival , o atacante já marcou três gols em quatro jogos. E não atuou nenhuma partida inteira. Entrou ou saiu durante os compromissos diante de ASA, Bragantino, Figueirense e Ipatinga.
Após oito anos de idas e vindas no CT do Caju, o jogador espera deslanchar de vez no time na Vila Capanema. Algo impensável para quem estava encostado um mês atrás na Baixada.
"Está sendo mais do que eu esperava", confessa, aos 23 anos, sem perder o jeito humilde e de poucas palavras que carrega desde quando desembarcou em Curitiba, vindo de Foz do Iguaçu, para jogar no próprio Paraná há quase uma década.
Quem não acompanha as categorias de base dos clubes talvez nem saiba, mas Aquino teve uma passagem de um ano pelo time infantil paranista. Na transição para o juvenil, ao lado do centroavante Schumacher e do meia Kaio, foi fisgado por uma proposta atleticana.
"Eu tinha 15 anos, ainda não tinha contrato profissional com o Paraná [só é permitido aos 16] e meu pai [Amadeu Aquino] achou que valia a pena trocar para o Atlético, que tinha uma estrutura muito boa", explica, sem se arrepender de ter feito quase toda a base na outra ponta da Engenheiros Rebouças.
Na Vila, o atacante já conquistou a confiança dos companheiros, do técnico Marcelo Oliveira e da exigente torcida. Em alta, ele promete até tentar convencer o ex-companheiro de Atlético, Netinho, a voltar atrás da decisão de não trocar um rival pelo outro.
"É um grande jogador. Fiquei chateado de ele não ter vindo. Vou tentar fazer a cabeça dele", avisa, apesar de a direção tricolor já praticamente ter dado baixa na possibilidade de contar com o meia para a sequência da Série B.
Com ou sem Netinho, Aquino crê que o novo momento paranista ainda pode render o acesso ao fim da temporada. A sete pontos do G4, o time tentará se aproximar ainda mais vencendo a Ponte Preta, amanhã, em Curitiba.
A realidade de estar momentaneamente no meio da tabela não assusta. Afinal, o atacante já rodou tanto que foi parar na Geórgia em 2009. No Olimpi Rustavi, ficou dez meses e acumulou experiências que o fizeram aprender a superar dificuldades bem além do futebol. "Às 8 horas da manhã davam sopa de almôndegas para nós no café. Era complicado se adaptar à alimentação, à língua e ao jeito de jogar. Só força, nada de técnica", lembra, sem muita saudade.
Quase fora
Companheiro de Aquino na nova fase paranista, o atacante Rodrigo Pimpão sofreu uma lesão muscular na coxa direita no triunfo sobre o Ipatinga (2 a 1) e não deve enfrentar a Ponte.
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