Mesmo com apenas três titulares em campo, o Atlético empatou por 1 a 1 com o Palmeiras, ontem, no Allianz Parque, e encerrou sua participação no Brasileirão de cabeça erguida.
Diante das insinuações feitas por dirigentes do Vitória ao longo da semana, e que botaram em dúvida o empenho do elenco atleticano, o Furacão cumpriu com o que propôs. Longe dali, em Salvador, o Vitória perdeu para o Santos, mordeu a língua e foi rebaixado.
Antes mesmo de a bola rolar, Claudinei Oliveira dava o recado. "Não vou decidir o futuro de ninguém". E, de fato, não decidiu. Rivais nos bastidores (brigas jurídicas por dinheiro das negociações de Leo e Dinei), Atlético e Vitória viram a disputa ganhar microfones e arquibancadas.
"Nossa resposta foi essa. Falaram muito desse jogo, de que poderíamos entregar e dar mole. Só dentro de campo poderíamos mostrar isso", afirmou Marcos Guilherme. Alheios ao que acontecia no Barradão, os dois times buscaram o resultado.
O Atlético dominou os primeiros 10 minutos de jogo. Visivelmente nervoso, o Palmeiras precisou de mais tempo que o adversário para se organizar. Valdivia caminhava em campo. O próprio Dorival Júnior, quando questionado sobre a situação do chileno, disparou: "Vamos ver no campo". E foi no gramado que o meia palmeirense se arrastou. Ele chegou a fazer fisioterapia no intervalo para ter condições de voltar para o segundo tempo. Não adiantou.
Do lado atleticano, a única preocupação prévia do técnico era "com o ritmo de jogo da dupla de zaga". Ironicamente o gol foi marcado por Ricardo Silva, um dos dois zagueiros escalados. Aliás, ao lado do garoto Matheus, o defensor fez sua estreia pelo Furacão no Brasileirão apenas na última rodada. E se teve gente estreando, também houve jogador se despedindo. Douglas Coutinho, negociado com um grupo de investidores, pode ter feito sua última partida com a camisa atleticana.
O gol do Palmeiras não demorou a acontecer e foi originado em um lance bastante polêmico. Aos 18 minutos do 1.º tempo Gabriel chutou da entrada da área e a bola bateu no braço de Dráusio, que estava de costas. O árbitro optou por não marcar, mas foi convencido a mudar de ideia pelo adicional número 2 Diego Almeida Real. Henrique marcou e empatou o jogo.
Ao apito final , os jogadores ficaram em campo até que o gol do Santos, já nos acréscimos, decretasse a permanência Alviverde na Série A. "A gente não veio entregar jogo nenhum. Somos homens. A gente veio aqui mostrar nosso trabalho até porque tem muitos jogadores em fim de contrato e querem mostrar trabalho. O presidente do Vitória tem que engolir isso aí", fechou Dellatorre.
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