Os grandes jogos são pré-fabricados para os grandes craques. E o Gre-Nal do milênio foi de Andrés Nicolas DAlessandro. Com uma atuação que colorado algum jamais esquecerá, o argentino comandou a goleada de 4 a 1 sobre o Grêmio, que fez o Inter colar de vez no bloco de classificação para a Libertadores. De quebra, a genialidade do gringo deixou o rival dos vermelhos sem a liderança do Brasileirão, que agora é do Palmeiras.
O triunfo colorado também representa a supremacia na temporada, já que os três primeiros clássicos do ano haviam terminado empatados. No histórico de confrontos, o Inter já abre vantagem de 20 vitórias. A goleada fez o time de Tite pular para 42 pontos, na oitava colocação, quatro atrás da zona de classificação para a Libertadores. O Grêmio, com 50, perde para o Palmeiras no número de vitórias.
Embalado pela goleada, o Inter volta a campo na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, contra o Universidad Católica, do Chile, no Gigante. O Grêmio recebe o Botafogo no sábado. No mesmo dia, o Colorado visita o Coritiba.
Um craque chamado DAlessandro e uma goleada no Gigante
O primeiro tempo de um Gre-Nal histórico foi decidido por um craque chamado DAlessandro. O argentino acabou com o jogo. "El Cabezón" fez um gol, deu passe para outros dois e acertou tudo que tentou. Jogou demais. E, assim, desequilibrou um jogo que é sempre parelho.
Era um Gre-Nal peleado, mordido, com a cara dos rivais gaúchos, quando DAlessandro começou a destruir. Em cruzamento para a área, a zaga gremista cortou no pé do gringo, que mandou um chute seco, forte, sem chances para Victor. O Beira-Rio entrou em ebulição.
Mas o Grêmio logo reagiria. Orteman, aos dez, ensaiou o empate ao acertar o travessão. A tarefa de concretizar a igualdade coube a Tcheco. E que golaço! O camisa 10 do Grêmio atravessou o campo com a bola dominada, deixou Guiñazu a ver navios e mandou o chute no cantinho de Clemer. Aí foi a vez de os tricolores explodirem em euforia: 1 a 1.
Não tinha como o grande Gre-Nal do milênio ficar sem polêmica. Aos 28 minutos, o árbitro Evandro Rogério Roman anotou toque de mão de Anderson Pico. Enquanto a defesa gremista reclamava, o Inter agiu. A cobrança rápida caiu nos pés de Alex. O canhotinho mandou uma pancada entre as pernas de Victor: 2 a 1 para o Inter e muita reclamação do Grêmio.
Era vitória, mas ainda não era goleada. DAlessandro resolveu fazer história. Ele cobrou escanteio venenoso na cabeça de Índio, que desviou para o gol. Eram 39 minutos. Seis depois, o argentino cobrou escanteio curto para Ângelo, recebeu de volta e mandou na cabeça de Nilmar: 4 a 1. Em pleno setembro, com um vento frio incomodando, o Beira-Rio entrou em tempos de carnaval.
Antes de o primeiro tempo acabar, Edinho e Tcheco se enroscaram na beirada do campo e protagonizaram confusão generalizada. Ambos foram expulsos.
Inter só administra
Com uma vantagem praticamente inalcançável, o Inter deixou o tempo passar no segundo tempo. Chegou a trocar passes por dois minutos sem ser interceptado pelo adversário. A torcida vibrou como se fosse gol, para depois contar os gols, como provocação ao Grêmio.
- Um, dois, três, quatro! Um, dois, três, quatro!
Já na volta para o segundo tempo, o Grêmio teve Willian Magrão e Souza nos lugares de Perea e Paulo Sérgio. Não deu certo. O time tricolor, naturalmente, buscou o ataque, mas o Inter, sólido, não deu chance. Graças à qualidade técnica dos jogadores de frente, o time colorado ainda ameaçou em lances esporádicos e teve um gol anulado, de Nilmar, aos 39 minutos. Mas o placar ficou imóvel.
No Gre-Nal do milênio, o Inter mostrou que o presidente do Grêmio, Paulo Odone, não estava tão errado ao dizer que o adversário era um time de galácticos. Resta saber se os colorados, com tanta qualidade, terão tempo para buscar a vaga na Libertadores. E se o Grêmio suportará a pancada que levou no Gre-Nal. Os efeitos costumam ser duradouros.
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