Porto Alegre (AE) Um julgamento do Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcado para hoje, no Rio de Janeiro, tem um caráter tão decisivo para o Internacional quanto a última rodada do Campeonato Brasileiro, no próximo domingo. Ao final dela o clube gaúcho espera comemorar a liderança da competição e a necessidade de uma vitória simples sobre o Coritiba, sem depender do resultado de Goiás x Corinthians, para ficar com o título.
Os colorados precisam que os auditores acolham o pedido feito pelo clube de revisão da decisão do presidente do tribunal Luiz Zveiter, que anulou 11 jogos da Série A e, assim, façam valer os resultados invalidados. Isso deixaria o Corinthians com quatro pontos a menos dos que tem hoje, e um ponto atrás do Internacional.
Os diretores do clube gaúcho não admitem publicamente, mas consideram pequenas as chances de conseguir o que desejam, sobretudo porque Zveiter não foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na terça-feira.
O julgamento de uma ação movida pelos ex-diretores Luiz Fernando Zachia e Ibsen Pinheiro para impugnar o acúmulo de cargos por Zveiter, que também é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi interrompido depois de três votos favoráveis ao afastamento do presidente do STJD por um pedido de vistas ao processo feito pelo conselheiro Jirair Meguerian. Pode ser retomado na próxima terça-feira, depois de Zveiter presidir a sessão de hoje no STJD.
Fifa é o "Plano B"
Os diretores do clube gaúcho já estabeleceram um "Plano B" para o caso de derrota no STJD. Eles vão manter a luta no tapetão. Num primeiro momento, tentarão conseguir que a Fifa se pronuncie sobre um relatório que enviaram à entidade mostrando que as arbitragens de Edilson Pereira de Carvalho não interferiram no resultado dos jogos anulados. Depois irão à Justiça Comum com os mesmos argumentos usados na Justiça Desportiva, de que não houve uma perícia para cada jogo para justificar a invalidação dos resultados.
"O Código Disciplinar do Futebol admite que os interessados possam buscar a Justiça Comum depois de terminados os processos na Justiça Desportiva", ressalta o presidente o Internacional, Fernando Carvalho. "É o que poderemos fazer".
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