Ainda profundamente abalada pelo acidente de Jules Bianchi em Suzuka, no Japão, a Fórmula 1 encontrará em São Paulo, no início do próximo mês, um autódromo bem mais seguro. A reforma de Interlagos, que consumirá R$ 160 milhões, foi dividida em duas etapas. A primeira, iniciada em julho, a ser concluída antes do GP, marcado para o próximo dia 9, centrou-se em cinco aspectos.

CARREGANDO :)

A mudança mais radical se localiza na aproximação à reta dos boxes. Os pilotos agora vão desacelerar 300 metros antes e um perigoso muro foi derrubado. A largura da entrada para o setor de boxes foi aumentada de 30 m para 45 m. Foi necessário construir um muro de contenção com placas de cimento em uma extensão de 300 m, com 10 m de altura.

O alongamento da área de escape da curva do S, a mudança do concreto do pit lane (onde os carros param durante os pit stops), o recapeamento da pista e a criação de boxes auxiliares fizeram parte do pacote que, de acordo com o prefeito Fernando Haddad, transformaram Interlagos em "um dos melhores autódromos do mundo e um dos três mais seguros".

Publicidade

A obra foi viabilizada com verba do PAC Turismo. O orçamento total é de R$ 160,8 milhões – a Prefeitura entra com uma contrapartida de R$ 30 a R$ 40 milhões, segundo Haddad. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA), satisfeita com a reforma, renovou o contrato do GP do Brasil até 2020.