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Pouco mais de seis mil colorados passaram frio na noite desta quarta-feira para ver o Internacional jogar mal novamente e apenas empatar em 1 a 1 com o Universidad de Chile no Beira-Rio. A estreia vermelha na Copa Sul-Americana, diretamente nas oitavas de final, vantagem por ser o atual campeão do torneio continental, foi um repeteco das fracas atuações recentes. O esquema 3-5-2 não funcionou, o time errou muito, desperdiçou gols e complicou a classificação para a próxima etapa. A melancolia para os colorados ainda aumentou com a vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro.

Foi o pior público do ano no Beira-Rio. Nem no Gauchão houve tão pouca gente na casa dos colorados. A pouca presença da torcida foi um reflexo do momento do time. Em campo, o Inter voltou a apresentar falhas, saiu perdendo e buscou o empate na etapa final, com um gol de Kleber. O resultado obriga a equipe de Tite a vencer os chilenos na casa deles ou arrancar empate a partir do 2 a 2. Novo 1 a 1 leva a decisão da vaga para os pênaltis. Empate sem gols classifica a equipe de Santiago.

O jogo contra La U fica para trás. O Inter precisa voltar a pensar no Brasileirão. No domingo, volta a campo contra o Flamengo, às 16h, no Beira-Rio. E precisa vencer, pois a distância para o líder Palmeiras subiu para quatro pontos.

Esquema colorado não funciona, e chilenos saem na frente

Danilo Silva foi substituído por Andrezinho, que deu mais dinâmica ao Colorado Nem Guiñazu jogou bem, e quando nem Guiñazu joga bem o problema não é pequeno. O Inter foi um time atrapalhado e colecionou erros no primeiro tempo. Sobraram falhas individuais, inexistiu articulação, o ataque não encaixou, e a defesa esteve afoita. Resumindo, não foram nada bons os 45 minutos iniciais contra o Universidad de Chile.

Tite testou o 3-5-2 desde o início da partida para tentar tapar os buracos da defesa. Não deu certo. O time deu espaços para o adversário no meio-campo, chegou mal ao ataque e ainda levou um gol. Aos 23 minutos, Guiñazu perdeu a bola na intermediária. Montillo, no contra-ataque, avançou com liberdade e mandou uma pancada impressionante. Lauro mal viu a bola. Belo gol dos chilenos.

O Inter até teve oportunidades de gol, mas não conseguiu marcar. Alecsandro poderia ter deixado o Colorado em vantagem aos 20 minutos. Edu encontrou uma brecha na defesa chilena e colocou o atacante na cara do gol, mas ele desperdiçou chance clara ao mandar para fora.

O técnico da equipe gaúcha não esperou o fim do primeiro tempo para mexer. Com D’Alessandro girando o tempo todo para lugar nenhum, Tite se viu obrigado a reforçar a saída para o ataque. A opção foi mudar o esquema. Saiu Danilo Silva, entrou Andrezinho. O sistema passou para o 4-4-2, com Bolívar na lateral direita.

Houve um crescimento tímido. Bicicleta de Edu e conclusão fraca de Andrezinho foram as chances para acalmar uma torcida visivelmente insatisfeita. Mas não teve jeito. Com muito mais erros do que acertos, o time colorado foi para o vestiário derrotado. Só restava buscar uma reviravolta no segundo tempo.

Virada não vem, mas o Inter empata

D'Ale participou da jogada do gol de empate do Inter, mas também esteve apagado A reviravolta foi parcial. O Inter não virou, mas pelo menos buscou um empate. O ataque mudou. Tite resolveu tirar Alecsandro e colocar Taison. Assim, formou a dupla de frente com um jogador que é muito mais meia do que atacante (Edu) e um que não é de área (Taison). E o time seguiu muito mal em campo.

O Universidad, não poderia ser diferente, criou um ferrolho defensivo. Os donos da cada podiam avançar até a intermediária de ataque. A partir dali, davam de cara com um paredão azul. Chances foram criadas e desperdiçadas. Chutes parecidos de Edu e Andrezinho, ambos pela direita, cruzados, acabaram defendidos pelo goleiro Miguel Pinto. Guiñazu, aos 22 minutos, perdeu gol incrível. No lugar onde deveria haver um centroavante, ele concluiu mal, a poucos centímetros da meta, para fora.

O Colorado manteve o abafa. A torcida teve de segurar o grito de gol na ponta da língua quando Sandro cabeceou na rede de Pinto, mas pelo lado de fora. Aos 31 minutos, o berro dos vermelhos foi liberado. Kleber apareceu bem pela esquerda e mandou o chute: 1 a 1.

E a virada quase saiu. Índio, de cabeça, ainda mandou a bola na trave. Mas a partida ficou mesmo no empate. E as interrogações que pairavam sobre o Beira-Rio no Brasileirão agora também abraçaram a Sul-Americana.

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No Rio Grande do Sul

Internacional

Lauro, Bolívar, Índio e Fabiano Eller; Danilo Silva (Andrezinho), Sandro, Guiñazu, D'Alessandro (Marquinhos) e Kleber; Edu e Alecsandro (Taison)

Técnico: Tite

Universidad de Chile

Pinto, González, Victorino, Olarra e Arias; Contreras, Seymour (Díaz), Rojas, Montillo (Pinto) e Iturra; Gómez (Villalobos)

Técnico: José Badualdo

Gols: Montillo, aos 24 minutos do primeiro tempo; Kleber, aos 31 minutos do segundo tempo

Cartões amarelos: Alecsandro, Edu (Internacional); Arias, Olarra (Universidade de Chile).

Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre Data: 23/09/2009 Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG) Auxiliares: Roberto Reta (ARG) e Norberto Moyano (ARG)

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