O Paraná reescreveu sua história ontem no Brasileiro. Ao empatar por 1 a 1 com o Goiás, no Serra Dourada, o Tricolor chegou à décima partida sem perder na competição. O recorde – nove jogos – pertencia aos técnicos Paquito (7 jogos) e Antônio Lopes (2 jogos), entre 96 e 97, e a Saulo de Freitas, em 2003.

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Sem a vitória, porém, o time deixou de alcançar a primeira colocação, já que o líder Corinthians perdeu por 1 a 0 para o Juventude. Como o Santos venceu o Paysandu (3 a 2), o Paraná cai para o quarto lugar, agora com 38 pontos.

Enquanto armava o Paraná para enfrentar o Goiás, o técnico Lori Sandri afirmava que a partida se assemelhava às vitórias sobre o Internacional, no Beira-Rio, (2 a 0) e Cruzeiro, no Mineirão, (1 a 0). Jogo fora, campo de grande dimensão, adversário motivado e bem colocado na tabela de classificação foram algumas características enumeradas pelo treinador. Lori adotou até mesmo o clichê do "jogo de seis pontos" para motivar seus comandados, pois uma vitória sobre o adversário faria com que o Tricolor ultrapassasse os goianos.

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Assim como nos dois triunfos citados, o técnico se preocupou primeiro em anular as principais peças ofensivas do adversário. Da mesma maneira que deteve Fernandão e Kelly contra gaúchos e mineiros respectivamente, Rafael Mussamba colou em Rodrigo Tabata. O volante paranista não deixou o nipônico jogar.

Lori também bloqueou os alas de Geninho. Aonde se via Paulo Baier e Jadílson em campo, lá estavam Neto e Beto (na direita) e Edinho e Mário César (na esquerda) se revezando na marcação.

O duelo em campo refletiu o equilíbrio das duas equipes na classificação. Marcação era a prioridade. Um jogo assim normalmente se decide na bola parada, especialidade tricolor. E foi o que aconteceu.

Inspirado, o ala-direita Neto lembrou o seu xará mais famoso, ídolo do Corinthians nos anos 90. Em uma cobrança próxima à área pelo lado esquerdo, colocou a bola no ângulo de Harlei (19').

Mas a estratégia de Lori começou a ruir no momento em que o treinador perdeu dois de seus principais jogadores no fim do primeiro tempo: Flávio, com uma lesão muscular na coxa, e Beto, expulso. "O Goiás virá para cima da gente. Tem de ter calma para aproveitar o contra-ataque e matar o jogo", ensinou o técnico, no caminho para o vestiário.

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Realmente o Goiás esboçou uma pressão. Porém, invariavelmente o Alviverde parava na bem postada defesa paranista. Sem chance de marcar com bola rolando, os goianos chegaram ao gol de empate também em cobrança de falta com Paulo Baier (25').

O Paraná teve seu contra-ataque para matar a partida. No entanto, por excesso de preciosismo do lateral Edinho – que tentou encobrir o goleiro Harley quando um tapa rasteiro na bola resolveria – a vitória não veio.

Em Goiânia

Goiás 1 x 1 Paraná

Goiás

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Harley; Rogério Correia, André Dias e Júlio Santos (Jorge Mutt); Paulo Baier, Cléber, Danilo Portugal, Rodrigo Tabata e Jadílson (Luciano Almeida); Danilo Dias e Romerito (Fábio).Técnico: Geninho.

Paraná

Flávio (Darci); Daniel Marques, Marcos e Aderaldo; Neto, Rafael Mussamba, Beto, Mário César (Tiago Neves) e Edinho; Wellington Paulista (Xaves) e André Dias.Técnico: Lori Sandri.

Estádio: Serra Dourada. Árbitro: Cléber Welington Abade (SP) Gols: Neto (P), aos 19' do 1.º; Paulo Baier (G), aos 25' do 2.º. Público: 6.406 pagantes (7.892 total). Renda: R$ 74.978,75. Amarelos: André Dias e Danilo Portugal (G); Aderaldo, Beto e André Dias (P). Vermelho: Beto (P).

Tricolores

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Negociação – A diretoria tricolor confirmou ontem que está negociando a contratação do atacante Wando (Vila Nova) e do zagueiro Roni (Caxias). No entanto, as transferências só devem ser concretizadas com o término da primeira fase da Série B (10/9). "Tem time buscando a classificação, outros lutando para escapar do rebaixamento. Temos de esperar um pouco", afirma o vice-presidente José Domingos. Fábio, atacante do Volta Redonda, é outro nome especulado.

Desmanche – Depois do zagueiro Fernando Lombardi e do atacante Borges, quem pode estar deixando o Paraná é o volante Rafael Mussamba. "Algumas negociações estão em andamento. Porém, os jogadores ficarão no clube até o fim do Brasileiro. Só serão liberados no fim do ano", confirma Domingos.

Lesão – O goleiro Flávio, com uma fisgada na coxa esquerda, está fora do jogo com o São Paulo. A previsão inicial é de que o camisa 1 fique três semanas em tratamento.