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Quando assumiu o comando do Iraque há dois meses, o técnico brasileiro Jorvan Vieira foi alvo de muitas críticas no país. Hoje, com a seleção classificada para a final da Copa da Ásia pela primeira vez na história, o treinador nem pensa em continuar no comando da equipe após o torneio. E pedidos para que mude de idéia não faltam.

Por telefone, da Malásia, Jorvan disse ao que até o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, já lhe telefonou para parabenizá-lo pela campanha na Copa da Ásia e pedir que não deixe a seleção iraquiana.

- Não vou ficar, o primeiro-ministro me ligou, mas não vou ficar. Tive até a honra de receber o secretário dele aqui na Malásia, que me disse que eu fui nomeado embaixador honorário do Iraque. Para mim, isso é um prêmio por tudo que eu passei até hoje na vida, pois cheguei a passar fome - afirma.

Jorvan só foi ao Iraque uma vez desde que assumiu a seleção do país. A preparação para a Copa da Ásia foi toda feita na Jordânia. O técnico, que mora em Marrocos, revela que não viaja ao Brasil há oito anos.

- Quando aceitei a proposta para treinar o Iraque, minha família ficou desesperada. Meu filho, de dez anos, perguntou se eu ia para o meio da guerra - lembra Jorvan, que é casado com uma marroquina e tem mais uma filha.

A final da Copa da Ásia será realizada no próximo domingo, em Jacarta, na Indonésia. O Iraque de Jorvan Vieira vai enfrentar a Arábia Saudita, treinada pelo também brasileiro Hélio dos Anjos.

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