A diretoria do Iraty vai solicitar à Federação Paranaense de Futebol (FPF) nesta segunda-feira (21) que adie por pelo menos dez dias a próxima rodada da Taça Federação Sub-23. Sábado(19), o ônibus do clube captou três vezes na BR-153, próximo da cidade de Imbituva, na região Centro-Sul do Paraná, deixando ao menos sete jogadores sem condições de entrar em campo. Leia: acidente de ônibus que levava a delegação do Iraty
“O acidente praticamente desmontou nosso time. Boa parte dos jogadores está sem poder exercer atividade física”, aponta o técnico do sub-23 do Iraty, Play de Freitas. “Não somos robôs, somos seres humanos. Esperamos que a Federação tenha a sensibilidade de nos dar esse tempo de recuperação. Ou que nos tire da disputa, mas sem prejuízos para o Iraty”, afirma.
O motorista bateu em um barranco, o que fez com que o veículo capotasse três vezes. Dos 23 ocupantes do ônibus, 15 pessoas, entre atletas e funcionários, ficaram levemente feridos e foram encaminhados ao hospital. Todos receberam alta ainda na noite de domingo. Mas sete jogadores ainda terão que ficar em observação.Os atletas que mais inspiram cuidados são os goleiros Felipe e Marcos Gato, além do meia Guga. Os três tiveram pancadas fortes na cabeça.
Felipe quase teve um traumatismo craniano e terá de ficar em observação por 25 dias - nesta segunda ele fará mais uma tomografia. Com isso, o titular do gol do Iraty não poderá mais jogar na competição.
O goleiro reserva Marcos Gato chegou a ter convulsão após bater a cabeça e vomitou bastante. Teve alta hospitalar, mas terá de ficar em observação pelo período entre cinco e dez dias.
Já Guga teve constatado um traumatismo craniano. Ele levou 17 pontos na cabeça e ficará dez dias em observação.
O zagueiro Sávio teve luxação no ombro e ficará de cinco a dez dias em observação. O lateral direito Rigoni chegou a ter suspeita de rompimento de medula, o que não se confirmou, e ficará em casa em observação por dez dias. Já o lateral Felipe Rogério sofreu uma pancada no joelho e o zagueiro Lucas Lopes uma pancada nas costas - ambos também ficam em observação por cinco a dez dias.
Psicológico
Além dos ferimentos físicos, o técnico Play de Freitas afirma que o aspecto psicológico pode também abalar os jogadores na volta à competição. “Sinceramente, não sei como vai ser a próxima vez que a gente precisar entrar no ônibus para viajar. O susto foi muito grande”, afirma o treinador, que também se machucou no acidente: teve escoriações no ombro e no cotovelo. “O clube não tem condições de nos oferecer tratamento psicológico. Então a próxima vez que tivermos que viajar vai ter que ser na raça mesmo”, resigna-se Play de Freitas.
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