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Repercussão

No dia em que acertou a sua permanência no comando do Paraná, o técnico Pintado não encontrou muitas palavras para explicar a apresentação ruim do time no Rio de Janeiro, onde os paranistas seguraram o 0 a 0 contra o Fluminense. A postura da equipe, segundo o treinador, foi surpreendente.

"Foi uma equipe irreconhecível, que esteve muito longe das atuações que vínhamos tendo. Acho que foi uma surpresa até para mim esse baixo rendimento, mas vamos continuar trabalhando", avaliou Pintado.

A respeito do jogo, o técnico do Paraná deu o seu ponto de vista sobre os erros dos seus comandados. "É difícil detectar apenas um fator para isso, mas acho que, sobretudo os nossos passes errados, em um gramado bom, dificultou. Mas isso não dá pra se explicar, creio que foi um dia ruim. Acho que temos que analisar a nossa atuação, mas sem esquecer que estamos levando um ponto".

Leia outros trechos da entrevista de Pintado

No seu quinto jogo fora de casa, o Paraná segue sem sentir o gosto amargo da derrota. Jogando no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o Tricolor paranaense não saiu do zero contra o Fluminense e traz, assim, um ponto para Curitiba. Mas o sentimento após 98 minutos de bola rolando – contando os acréscimos – é de vitória do lado paranista.

Para quem viu a partida, certamente esta foi a pior apresentação do Paraná depois de nove rodadas neste Brasileirão. A equipe, que conta com um dos melhores ataques da competição e tem o artilheiro, Josiel, chutou apenas duas bolas ao gol do Fluminense, e não passou muitas vezes do meio-campo. Sem articulação, e com um excesso de passes errados, não houve qualquer chance de vitória do time.

Já o Fluminense dominou amplamente, criou uma infinidade de oportunidades para somar três pontos, mas parou nos próprios erros de finalização. Como justiça no futebol é bola na rede, e não melhor futebol dentro de campo, o Paraná saiu do gramado com um precioso ponto. E na próxima rodada, contra o América-RN, nesta sexta-feira (6), às 20h30, na Vila Capanema, a ordem é fazer as pazes com a vitória.

Já o Fluminense vai até São Paulo enfrentar o Corinthians no sábado (7).

Paraná joga mal e "salva" empate

Tanto dentro e fora de casa neste Campeonato Brasileiro, o Paraná já conseguiu demonstrar que a postura ofensiva, apostando sempre na velocidade dos contra-ataques, é a grande qualidade do time. Nos primeiros instantes de bola rolando no Raulino de Oliveira, não foi diferente, tanto que a melhor oportunidade nos primeiros 45 minutos saiu dos pés de Alex, a um minuto. Mas o goleiro Fernando Henrique trabalhou bem e evitou a abertura do placar.

E foi só. Rapidamente, o Fluminense se posicionou bem em campo, marcando e anulando o meio-campo paranista, e passou a dominar amplamente a partida. O Paraná passou apenas três vezes da metade do gramado, e não chutou mais nenhuma vez contra a meta do Tricolor carioca. Sendo assim, só restou se defender, e muito, para segurar o "vitorioso" empate no primeiro tempo.

Do outro lado, o Fluminense teve a torcida empurrando a equipe o tempo todo, porém pecou nas finalizações. A maioria dos sete chutes a gol dados pelos jogadores do time passaram perto do gol de Flávio, mas o Pantera não foi exigido de forma contundente. O maior volume de jogo e posse de bola não foram sinônimos de pressão carioca. Mas se alguém merecia sair vitorioso na etapa inicial, era o Fluminense.

Sem se encontrar em campo, o Paraná fez, muito provavelmente, o seu pior primeiro tempo neste Brasileirão. E deu a impressão de que estava no Rio de Janeiro em busca de um simples empate. Uma postura de "time retranqueiro", característica nada razoável para a equipe que conta com o artilheiro do torneio, Josiel. Aliás, o atacante não recebeu nenhuma boa bola. Piorar, para o segundo tempo, parecia impossível.

Péssimo futebol prossegue e defesa paranista é o destaque

Na volta para o segundo tempo, o técnico Pintado e os jogadores definiram o que o Paraná precisaria fazer para melhor: apenas jogar o seu futebol. E as entradas de Everton e Gérson nas vagas de Vandinho e Vinícius Pacheco tinham tudo para fazer com que isso acontecesse. Mas quando a bola rolou, nada mudou.

Na realidade, apenas uma coisa mudou: a pressão do Fluminense. Irritado com a postura defensiva do Paraná, Renato Gaúcho chegou a deixar o time em campo com apenas um volante, abrindo mão de um maior poder defensivo para poder chegar ao gol, jogando totalmente em cima do Tricolor paranaense. E foi aí que o trio de zagueiros formado por Daniel Marques, Neguette e Luís Henrique se destacou.

Quando os defensores paranistas não conseguiram parar as descidas do Fluminense, a equipe carioca parava nos próprios erros. Nos muitos cruzamentos e jogadas trabalhadas, o arremate passou perto do gol de Flávio, mas não entrou. O Paraná, assim como no primeiro tempo, mostrava um futebol muito ruim, irreconhecível, sem qualquer ofensividade.

Em uma jogada no mínimo ridícula, mas que define bem como o Tricolor de Vila Capanema jogava mal, o ala esquerdo Márcio Careca conseguiu cobrar um lateral para fora. Isolado, Josiel acabou sacado, e apenas aos 37 minutos, o goleiro Fernando Henrique foi acionado pela segunda vez no jogo. E da sua meta, o arqueiro do Fluminense assistiu às tentativas frustradas dos seus companheiros em marcar. Sorte do Paraná, que após mais de 90 minutos de péssimo futebol, saiu de campo com um empate.

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