Fala a verdade! Se você assiste ao Masterchef, vez outra já deve ter ficado com vontade de fazer as vezes do trio de jurados e provar a comida preparada pelos participantes, especialmente aquele prato super elogiado na análise de Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Helena Rizzo. De olho na oportunidade de aproximar os aspirantes a chef do público, o chef e consultor Diogo Utrabo, que também trabalha na produção do programa, lançou o desafio para alguns participantes já eliminados da atração de 2021: preparar um jantar Masterchef de quatro tempos, a oito mãos, para cativar não os jurados, mas os comensais e fãs do programa.
O Bom Gourmet teve a oportunidade de participar em primeira mão da experiência realizada em parceria com o restaurante Aipo, de Curitiba, que abriu a cozinha para o quarteto formado por Amanda Azeredo, André Serra, Raquel Villalva e Pedro Scapini. Nesta quarta (10), quinta (11) e sexta (12), eles preparam o mesmo menu para o público em geral. Sem a pressão do tempo das provas, mas com o desafio de cozinhar pela primeira vez em uma cozinha profissional. A ideia é levar a experiência para outras cidades em breve.
Para a experiência, diferente do programa, cada chef teve liberdade total de criar seu prato, desde que houvesse um diálogo com os demais, a fim de criar um menu coeso, do início ao fim. "A parceria que tivemos no programa segue nessa experiência, com muito diálogo também", assegura Pedro. "É, mas eu não tive muita escolha e tive que repetir a sobremesa que fiz no programa", emendou Raquel em tom de brincadeira.
A receita em questão, sorvete de pipoca com calda de caramelo salgado, praliné e pipoca de sagu, fez sucesso com os jurados do programa e, aqui ente nós, é boa mesmo! Surpreende ver a pipoca como ingrediente do sorvete e a pipoca de sagu (óbvio que já buscamos a receita na internet), que, misturada ao caramelo salgado, traz contraste de sabor, que se une à sintonia de texturas e sensações.
A sobremesa fechou o jantar, que começou com uma entrada com pegada oriental, com uma sopa cítrica com camarões grelhados, cogumelos, leite de coco e toque de capim-limão, assinada por Pedro. O arquiteto segue no trabalho com projetos, mas já está aceitando encomendas de pratos nos finais de semana. Fica a dica!
Na sequência, a chef Amanda se desafiou e preparou um prato vegetariano. "Foi uma escolha em função da minha eliminação, com um preparo nessa linha. Surgiu a vontade de superar as dificuldades da prova", diz. A escolha foi mousseline de cabotiá com maçã verde, couve flor gratinada e crocante de castanhas, cuidadosamente equilibrados no tempero e nas texturas. Dos quatro, aliás, ela é a mais empolgada em seguir na profissão. "É o que mais quero. Seguir e dar oportunidades que eu não tive ao longo da vida e que surgiu no programa", diz.
A André Serra coube mostrar no que o programa o transformou. "Era alguém que só pensava em cozinha italiana e abri a mente para combinações que vão muito além", diz. Por isso, não à toa ele preparou barriga de porco crocante com tentáculo de polvo e especiarias, banana da terra e redução de laranja: um autêntico surf & turf.
Do começo ao fim, o jantar cuidadosamente preparado revela que, apesar de não se tratar de uma escola tradicional de gastronomia, o programa abre espaço para o aprendizado e desenvolvimento de técnicas. É bem verdade que não há um parâmetro de comparação em relação às habilidades dos chefs antes de entrarem na atração, já que só provamos a comida deles depois da participação. Mas o resultado no menu deixa claro que, independentemente do caminho que cada um deles vai seguir, há criatividade, técnica e comprometimento no que foi servido.
Se você ficou a fim de participar do jantar Masterchef, o custo, sem as bebidas, é R$ 200. A experiência ocorre nos dias 10, 11 e 12 de novembro, no restaurante Aipo. Clique aqui para mais informações.