A suspensão de Jaqueline foi reduzida nesta sexta-feira, deixando a jogadora livre para voltar às quadras. O Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) recomendou uma pena de nove meses de afastamento pelo uso da substância sibutramina, encontrada em moderadores de apetite e proibida pela Agência Mundial Antidoping. No entanto, o Juiz de Última Instância da Comissão Antidoping da entidade atenuou a penalidade para apenas três meses. Como a atleta cumpria suspensão preventiva desde julho, poderá atuar normalmente a partir de agora. Caso a punição de nove meses fosse confirmada, Jaqueline voltaria a jogar apenas em abril, três meses antes das Olimpíadas de Pequim.

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- Consideramos esta decisão um sucesso porque o Coni havia pedido uma suspensão de nove meses e que esta penalidade foi reduzida de modo que ela já pode voltar a jogar – diz o advogado Dr. Eugenio Gollini.

Segundo Gollini, o Juiz de Ultima Instancia levou em consideração que Jaqueline admitiu que tomou o remédio CLA (Ácido Linoléico Conjugado) para emagrecer:

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- Ela afirmou que tomou o remédio em boa fé e a declaração dela foi considerada de modo positivo.

Além de não jogar os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 pela seleção brasileira, a situação de Jaqueline já a deixou fora do Grand Prix, em agosto, e do Campeonato Sul-Americano, em setembro. Com a diminuição da pena, no entanto, ela ainda poderá jogar a Copa do Mundo, torneio que será disputado entre os dias 2 e 16 de novembro e classifica três seleções para os Jogos Olímpicos de 2008.

De acordo com o regulamento, o Juiz de Ultima Instancia nos próximos 30 dias deverá apresentar motivo da sentença à Federação Italiana de Vôlei (FIPAV), à Wada e as Federações interessadas. A equipe de advogados que defendem Jaqueline confirmou que não pretendem recorrer ao TAS (Tribunal Arbitral Esportivo) na Suíça.

Relembre o caso

Jaqueline foi flagrada em um exame antidoping realizado em junho, quando disputou a final da Liga Italiana pelo Jesi, contra o Perugia, e já cumpriu suspensão preventiva de dois meses. Na época da punição, a jogadora da seleção alegou que um chá verde, comprado para tirar celulite, havia sido o causador do problema.

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Uma semana antes do julgamento, porém, Jaqueline mudou a defesa. Disse que uma cápsula de um remédio que tomava com frequência, CLA (Ácido Linoléico Conjugado), fabricado por uma empresa brasileira, estaria contaminada. Por causa da suspensão preventiva, Jaqueline foi cortada da seleção brasileira que disputou os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e também ficou fora do Sul-Americano da modalidade.

A demora na decisão do caso de Jaqueline ocorreu por causa de uma dúvida dos dirigentes. Eles não sabiam se aplicariam o regulamento para atletas internacionais ou para jogadoras de times italianos, o que mudaria o local onde o assunto seria discutido.

No dia 4 de outubro, ela recebeu pena de nove meses de suspensão do escritório antidoping do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni). Segundo relatório da entidade, Jaqueline foi considerada responsável pelo uso da substância sibutramina.