Cláudio Marques, técnico do Trieste, precisa vencer hoje para provocar um terceiro jogo com o Santa Quitéria| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Há 23 anos sem conquistar o título da Divisão Principal da Su­­bur­bana, o Santa Quitéria está a apenas 90 minutos de quebrar a escrita. Com a vitória sobre o Trieste por 1 a 0 na primeira partida da finalíssima, um empate hoje decide o amador curitibano. O jogo co­­meça às 16h30, no Estádio Fran­­cisco Muraro, em Santa Felicidade.

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Chance de encerrar o tabu que, naturalmente, não será nada simples de realizar – a última volta olímpica foi em 1987. Afinal, do lado de lá está um adversário que sentiu recentemente o gostinho de ser campeão. Os italianos – que atuam em casa – levantaram o troféu em 2006. E, com uma vitória, levam a decisão para a terceira partida, a ser disputada em campo neutro – possivelmente, a Vila Capanema.

"Posso afirmar que estamos bem tranquilos. Nossa rapaziada tem a cabeça boa. Chegamos até aqui trabalhando sem alarde e não vai ser agora que vamos nos deixar levar pela euforia. Não tem nada de ‘já ganhou’. Todo mundo sabe da dificuldade que vamos en­­frentar", diz Juninho, técnico do Quitéria.

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As duas equipes se enfrentaram duas vezes na competição e nas duas oportunidades a equipe verde-amarela venceu. No en­­tan­to, será o primeiro encontro no re­­duto triestino. Ao contrário do jogo anterior, quando contou com o apoio maciço da galera que lo­­tou o Maurício Fruet, desta feita o Qui­­té­­ria será empurrado por apenas 200 pessoas.

"Nós estamos preparados para enfrentar a pressão. Tenho certeza de que o estádio estará lotado e de que eles vão incentivar o tempo inteiro. Sei como são as coisas no Francisco Muraro. Mas o grupo terá equilíbrio emocional para superar isso. Não vamos jogar uma campanha de mais de 20 jo­­gos fora. Temos de ter muita responsabilidade", complementa o treinador.

Em desvantagem no duelo, o Trieste prevê uma missão complicada. "Será difícil correr atrás de uma vitória com o adversário po­­dendo até perder que ainda assim terá um terceiro jogo. Com certeza eles vão ficar especulando, administrando. Mas nós temos condições de vencer, claro. Com respeito e humildade, acredito no sucesso da nossa equipe", comenta Cláudio Marques, técnico dos donos da casa.

Embora comande um clube quase profissional no cenário amador da capital, Mar­­ques não crê que a estrutura possa fazer a diferença nesse momento decisivo. "É claro que ajuda tudo que te­­mos à disposição para treinamento, etc. Mas quando se entra em campo é preciso jo­­gar bola. E quem puder mais, vai chorar menos."