No ano em que a diretoria optou, por questões econômicas, em deixar a disputa do Paranaense em segundo plano, o Paraná pode completar a marca negativa de uma década sem títulos. A última volta olímpica aconteceu no Estadual de 2006.
Mesmo assim, o próprio treinador paranista, Claudinei Oliveira, reconhece que uma possível conquista paranista seria uma surpresa. “Hoje o Paraná ser campeão surpreenderia a todos e até a nós mesmos. Porque é um resultado que vem antes do que a gente esperava”, afirma.
Segundo o comandante tricolor, apesar de alarmante, a seca de títulos vivida pelo Paraná encontra paralelos na história de grandes clubes do futebol brasileiro, como Corinthians, Palmeiras, Botafogo e Santos. “São equipes que já passaram por isso. Pedimos que o torcedor entenda o momento do clube. Nós deixamos claro que queremos ganhar o título paranaense, mas não queremos prometer e criar expectativas”, prossegue.
O técnico tricolor argumenta que, enquanto nos últimos anos o Paraná se notabilizou por contratar excessivo número de reforços, a aposta em 2016 é diferente. O orçamento mais enxuto no primeiro semestre visa superar a fragilidade financeira do clube, que terminou o ano passado devendo salários para boa parte do elenco, e ter um fôlego maior na disputa da Série B
“Se há dez anos não ganha [o Estadual] é porque a receita não estava correta. Não adianta montar um time pra vencer o Paranaense e investir o que não temos. Ficar com 40 jogadores agora e depois trazer mais 20. Esta é a receita que não deu certo”, analisa.
E mesmo deixando claro que a conquista estadual está em segundo plano, o técnico acredita que uma boa campanha no certame daria o gás necessário para o Paraná iniciar a Segundona já embalado.
“Se nós conquistarmos o Estadual, por exemplo, o time já entra no astral, a torcida já embala junto e os jogadores ganham confiança [para a Série B]. Não vou prometer título paranaense. Mas nós vamos fazer um bom campeonato”, garante.
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